As estatísticas não deixam dúvida. A sociedade brasileira é racista. Seja na mortalidade infantil, no analfabetismo, na renda, no número de homicídios, são os negros as vítimas preferenciais, enquanto os brancos, em sua maioria, estão no extremo oposto.
Esses déficits sociais, demonstrados ainda mais pela discriminação, têm a ver com os avanços lentos ao longo das últimas décadas, como no caso do Brasil, último país das Américas a abolir a escravidão, em 1888. A partir daí, seria a luta antirracista, e tudo o que vem junto com ela, só dos negros?
O ESOuVe desta semana discute o significado de “branquitude”, que nada mais é do que se reconhecer enquanto pessoa branca, com privilégios atrelados a isso, o que gera, consequentemente, a discriminação racial, e o seu papel dentro da luta e do debate antirracista. Para falar sobre isso, a doutora em Psicologia, pesquisadora no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e militante do Movimento Negro Unificado e do Núcleo Estadual de Mulheres Negras, Luizane Guedes, é a convidada do episódio, que ainda debate desafios e ações no combate ao racismo.
“Quando a gente fala da branquitude, a gente fala dela ocupar o seu lugar enquanto aquele que criou historicamente esse lugar do racismo e que se coloca nessa discussão. Já que existe um lugar privilegiado, que a branquitude use para fazer movimentos diferentes que não reforçar o racismo”.
Ouça o episódio
Você pode ouvir o ESOuVe no site do ESHoje, no Spotify, no Deezer, no Apple Podcasts, no CastBox, no Google Podcasts e nas principais plataformas de áudio.
O ESOuVe é publicado toda segunda-feira. O episódio é apresentado pelo jornalista Matheus Passos e pelo radialista Eduardo Couto, com produção e texto de Matheus Passos. A edição de som é de Eduardo Couto. E a direção de Jornalismo e de Danieleh Coutinho.