A Polícia Militar concluiu que o sargento Isaias Segadas de Souza, acusado de agredir uma adolescente, de 14 anos, com um tapa no rosto, na Serra, cometeu crime. O caso seguirá para julgamento na justiça comum.
Em nota, a PM disse “o Inquérito Policial Militar (IPM) relativo ao fato foi concluso com a existência de crime comum e transgressão à disciplina”. Paralelamente, será instaurado um procedimento administrativo, que irá apurar a conduta do militar.
O militar foi afastado das ruas e faz trabalhos administrativos.
O caso
O caso aconteceu há cerca de três meses, no dia 16 de setembro, e foi filmado. Segundo testemunhas, tudo começou após um acidente no trânsito. O policial teria saído do veículo com uma arma em punho durante a confusão.
O fato foi presenciado por Agentes da Guarda Municipal da Serra, que, junto com o militar, tentaram conter o homem envolvido no acidente. De acordo com a Polícia Militar do Estado (PMES), uma mulher que aparece no vídeo resistiu tentando impedir a ação.
“A mulher chega a desferir um tapa no PM, tentando, logo em seguida, retirar o que parece ser um telefone das mãos do policial, o que provoca a reação do servidor militar. É importante ressaltar que a resistência de terceiros no impedimento de uma ação legal de agente público competente constitui crime”, disse a PMES em nota.
Já a Guarda Municipal da Serra informou que toda a ocorrência foi conduzida pela Polícia Militar e acrescentou que diante de desentendimentos no trânsito é procedimento padrão a Guarda buscar a mediação entre as partes envolvidas e, se necessário, fazer o encaminhamento para a delegacia.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) emitiu nota à época dos fatos repudiando o ocorrido. A seccional afirmou que “a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e Adolescente foram desrespeitados”, e o ocorrido tratou-se do “Estado agredindo a sociedade”.
