por Esthefany Mesquita
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Os tempos de crise são sentidos em todos os setores e na construção civil capixaba não está diferente. Se no primeiro semestre do ano passado estavam sendo construídas 16.493 unidades imobiliárias, no segundo semestre esse número caiu para 11.594 unidades. Os dados do 31° Censo Imobiliário foram divulgados nesta terça-feira (08), pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES).
De acordo com o diretor de economia e estatística do Sindicato, Eduardo Borges, os números caíram devido à quantidade de entregas, segundo ele maior que o número de lançamentos. O dirigente destacou que a menor queda na construção de imóveis foi identificada em Vitória, mesmo assim o número de empreendimento na capital é menor que nas cidades de Cariacica, Serra, Viana e Vila Velha.
De acordo com Borges, as periferias de Serra, Vila Velha, Viana e Cariacica têm possibilidades de retomada expressiva nas construções. “Isso depende do nosso cenário político. Se houver melhorias nos próximos meses ou anos as construtoras vão conseguir trabalhar de forma mais confiante, já que elas dependem da segurança de que a crédito no mercado”, destacou.
De acordo com o 31° Censo Imobiliário, Vila Velha possui mais unidades em produção, devido a oferta de terrenos expressiva na cidade, e por ter um público com maior demanda. Por outro lado, Vitória está com queda desde 2009, motivada pela falta de terreno. “Naquela região muitos terrenos estão em poder do governo, investir lá fica muito caro, tanto para a construtora como para o comprador”, informou Borges.
O cenário para os próximos anos é positivo na visão de Eduardo Borges. “As taxas estão caindo, se as taxas abaixam existem mais pessoas com possibilidades de investir, assim aumenta a demanda, bem parecido com 15 anos atrás quando a economia motivava as compras e consequentemente as produções”, contou.
