Depois do Outubro Rosa, o Novembro Azul chega para conscientizar os homens da importância de se prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de próstata. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a doença mata mais de 15 mil homens por ano no Brasil e, em 2018, foram registrados quase 70 mil novos casos. A boa notícia, porém, é que novas técnicas de fisioterapia pélvica vêm ajudando a melhorar a recuperação dos pacientes após as intensas cirurgias.
A próstata é uma glândula localizada na frente do reto, abaixo da bexiga e envolvendo a parte superior da uretra masculina. Mais comum em homens com mais de 55 anos de idade, o câncer de próstata costuma iniciar de forma silenciosa, apresentando poucos sintomas visíveis. À medida que evolui, causam problemas como a dificuldade para urinar, sangramento na urina e aumento do número de vezes em que o homem precisa ir ao banheiro.
Durante o tratamento, normalmente feito por meio de cirurgias e radioterapias, a próstata é totalmente retirada, junto com alguns dos tecidos ao redor, o que pode atingir órgãos próximos e acarretar efeitos colaterais. Os mais comuns são a incontinência urinária e fecal, além da impotência sexual.
Para amenizar esses problemas do pós-operatório, sessões de fisioterapia pélvica vêm trazendo bons resultados aos pacientes. De acordo com a fisioterapeuta pélvica e especialista no assunto, Thaís Págio Chagas, o tratamento fisioterápico ajuda a restabelecer as funções do assoalho pélvico, desgastado durante as cirurgias.
“Dependendo do estado do paciente após o procedimento cirúrgico, o uso da eletroterapia e as sessões de fortalecimento dos músculos e demais estruturas do assoalho pélvico podem trazer melhoras muito significativas no tratamento dessas disfunções”, explica Thaís.
Ainda segundo a especialista, aos poucos os homens estão deixando os tabus e o orgulho de lado e cuidando melhor da saúde pélvica. “Nessas horas, é preciso deixar tudo isso de lado e pensar em resgatar a qualidade de vida”, conclui.