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Neurocirurgião é monitorado no CTI após transplante de coração

Laureen Bessa – [email protected]

Após quase 11h de cirurgia, o neurocirurgião Rogério Guasti, de 69 anos, já está sendo monitorado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Meridional, em Cariacica. O médico recebeu o coração na manhã desta quarta-feira (29), depois de ficar três meses na fila de espera de transplantes. O coração veio de um rapaz de 24 anos que teve morte cerebral, após ser baleado em um assalto, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais.
O procedimento cirúrgico começou por volta das 4h desta manhã e só terminou às 14h30. Em seguida, o médico foi transferido para o CTI, onde ficará por pelo menos cinco dias recebendo tratamento, além de ser monitorado 24h por dia, para que não haja complicações. A situação atual do médico é extremamente grave e delicada, já que há a possibilidade do organismo rejeitar o novo órgão.
O caso ganhou grandes repercussões nas mídias sociais e na imprensa, após a família e o próprio médico, fazerem apelos à população sobre a importância da doação de órgãos. Por volta das 18h, desta terça (28), o Centro Nacional de Controle e Captação de Órgãos do Ministério da Saúde informou ao hospital que um coração compatível com o neurocirurgião estava disponível para o transplante. A partir deste momento, começou a corrida contra o tempo, já que há um prazo limite para que o órgão seja viável.
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O neurocirurgião era o primeiro da fila de transplantes, devido à gravidade de sua doença – a miocardiopatia –, mais conhecida como insuficiência cardíaca. O prognóstico do médico era desanimador, já que não havia outra solução a não ser o transplante de coração. Rogério chegava a ter três paradas cardíacas por dia, além de diversas arritmias.
Segundo a família, o neurocirurgião já vinha sofrendo com problemas no coração há mais de 15 anos, tendo feito diversos procedimentos para evitar a piora do quadro clínico. “Chegou um ponto, em que não acreditávamos mais no que fazer. Achamos que ele não iria resistir. Pedíamos para que ele fosse colocado na lista de espera, mas não é bem assim. Ele precisou passar por diversos exames, muita burocracia mesmo, para saber se ele cumpria os critérios para ser incluído na lista. E, tem uns 15 dias que ele entrou na fila. Mas nos foi informado que 70% dos pacientes que ficam na lista, morrem esperando por um órgão. Por isso, que divulgamos nas redes sociais para que as pessoas se conscientizem sobre a importância da doação de órgãos. Muitas pessoas podem ser salvas com esse ato”, contou a filha do médico, a arquiteta, Thais Guasti Cabaleiro.
Para o coordenador do CTI do Meridional, Marcus Vinícius Leitão, o momento agora é o mais crítico. “Agora, temos que monitorar como o organismo reage com o novo coração. Essa próxima fase é a mais grave, o risco é maior, vamos ver como vai ser essa aceitação. Não posso deixar de falar sobre a importância da doação de órgãos, hoje temos uma legislação muito rigorosa para receber um órgão no país. É muito importante que a pessoa, ainda em vida, avise seus familiares se será um doador, porque doando, uma pessoa pode salvar a vida de muitas outras”, salientou.
Atualmente, o Hospital Meridional é o único a realizar o transplante cardíaco no Estado. Segundo informações da unidade, de novembro do ano passado, até esta quarta (29), já foram feitos seis transplantes. No entanto, ainda há oito pessoas no Espírito Santo aguardando um coração na lista de espera.

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