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Hospital Central participa de estudo para novo tratamento de AVC

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Foto: Divulgação

O Hospital Estadual Central – Benício Tavares Pereira (HEC) está entre os 15 hospitais do País que foram selecionados pelo Ministério da Saúde para participar de um estudo sobre um novo tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do tipo isquêmico, também conhecido como derrame. Trata-se do estudo clínico “Resilient”, cujo o HEC foi o único hospital do Espírito Santo escolhido para participar da pesquisa.

O estudo já acompanha mais de 50 pacientes em todo Brasil, sendo dois do HEC. O objetivo da pesquisa é avaliar um total de 600 pacientes até 2019. Atualmente, o único tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para AVC é chamado de trombólise endovenosa, que consiste na administração de um medicamento pela veia do braço do paciente, sendo levado pelo sistema circulatório até o cérebro para tentar dissolver o coágulo que entope a artéria e normalizar a circulação cerebral. Devido ao risco de sangramento, este só pode ser realizado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas do derrame.

O estudo clínico “Resilient” traz um método endovascular, chamado de trombectomia mecânica ou cateterismo cerebral, no qual são utilizados equipamentos para desobstrução de artérias cerebrais, podendo ser realizado até oito horas depois que começarem os sintomas.

“Este tratamento restabelece o fluxo sanguíneo cerebral, reduzindo a área de isquemia no cérebro. Vários estudos demonstram que a chance de desentupir a circulação com esses sistemas é de 80% a 90%”, explica o neurologista e coordenador da Unidade de AVC do HEC, José Antonio Fiorot Júnior.

Ainda segundo o médico, quanto mais rápido o procedimento for realizado para desobstruir a artéria, maior a chance de melhora do paciente e menor a chance de sequela. Em relação à recuperação, os estudos internacionais sobre a trombectomia mostram que cerca de 50% a 70% dos pacientes recuperaram a independência funcional após três meses.

“Atualmente no Brasil, apenas uma pequena minoria dos pacientes com AVC isquêmico agudo recebe o uso da trombólise venosa, que está somente disponível em hospitais do SUS. Além disso, não são submetidos ao tratamento com a trombectomia mecânica, que ainda não é padronizada no SUS. O Ministério da Saúde solicitou a realização de um estudo clínico nacional, para verificar se a terapia endovascular pode ser efetivamente implementada no SUS”, finaliza.

O estudo

O estudo clínico “Resilient” objetiva estudar 600 pacientes, em todo o país, vítimas de AVC isquêmico nas primeiras seis horas do início dos sintomas.

Os pacientes estudados deverão ter um perfil clínico de moderada para acentuada gravidade do AVC, por provável obstrução da circulação cerebral por coágulo sanguíneo em artéria de grande calibre.

Fique atento aos sintomas de AVC:

– Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
– Confusão, alteração da fala ou compreensão;
– Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
– Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura, ou alteração no andar;
Ao perceber algum desses sintomas, ligue imediatamente para o 192 (Samu).

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