Agentes penitenciários descartam greve em unidades prisionais do Espírito Santo

16 de agosto de 2013

Última atualização: 27 de fevereiro de 2017

Os agentes penitenciários do Espírito Santo descartaram, na tarde desta sexta-feira (16), suspender os atendimentos nas unidades prisionais. No início da semana a categoria, após assembleia, deflagrou greve a partir desta sexta. Porém, um acordo entre a Secretaria de Justiça (Sejus) e os agentes pôs fim à ameaça.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário (Sindaspes), Antonio Carlos Vilela, a Sejus se comprometeu a reestruturar o plano de carreira da categoria, que deve ser aprovado pelos deputados estaduais. Além de aumentar o número de agentes.

A expectativa é que início do segundo semestre de 2014 o número de agentes fique maior. De imediato será deflagrado processo para contratar agentes em designação temporório (DTs). Hoje, são aproximadamente 964 servidores efetivos e 2.500 DT’s. “Se não cumpri o que foi acordado a gente volta a fazer greve de novo. Dos cerca de 200 agentes na reunião de hoje 160 aceitou o posicionamento da Sejus”, disse Vilela.

Na segunda (12) eles decidiram reduzir o atendimento nas unidades prisionais capixabas, em protesto a superlotação de presos nos Centros de Detenção Provisória (CDPs) e o número reduzido de agentes nas unidades. E aprovaram a greve para esta sexta (16).

Atualmente, as casas de detenção capixabas somam 16 mil detentos reclusos. De acordo com Vilela, o número de agentes não atende essa demanda. “A proporção ideal seria cinco presos por agente, enquanto o que temos são 20 detentos para cada agente penitenciário”, explica.

Segundo o presidente, o número reduzido de agentes sobrecarrega o agente.Ele destacou que algumas unidades que deveriam abrigar 800 presidiários, hoje chegam a um quadro de 1350”.