Um grupo de 20 empresários do Espírito Santo se reunirá, na próxima quarta-feira (11), com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
De acordo com as informações da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), os empresários entregarão ao presidente 16 propostas para impulsionar a economia e a indústria do Estado.
Segundo o presidente da Findes, Leo de Castro, o encontro será uma oportunidade importante para que a indústria possa apresentar as sugestões e os principais gargalos enfrentados atualmente. “O governo atual é extremamente reformista, o que é ótimo. Ele tem atuado no sentido de desburocratizar o país, equilibrar as contas públicas e atrair investimentos, por meio de concessões e privatizações”, disse.
De acordo com Castro, as sugestões a serem feitas estão alinhadas com a agenda do governo. “Defendemos, por exemplo, a desburocratização dos processos de licenciamento ambiental, a duplicação das BRs 262 e 101, com a solução para o licenciamento da BR 101 Norte, a desestatização da Codesa, além das reformas tributária e administrativa”o.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) convocou dirigentes regionais de agremiações patronais para o evento, que terminará em almoço oferecido ao presidente na sede da entidade. Bolsonaro receberá o “Colar da Ordem do Mérito Industrial”.
As propostas dos empresários:
Relativos a Ambiente de Negócios e Regulamentação:
- Tramitação urgente de uma REFORMA TRIBUTÁRIA profunda, que traga simplificação e maior segurança jurídica ao empresário brasileiro.
- Da mesma forma, urgência na REFORMA ADMINISTRATIVA, para reduzir o tamanho e o custo do Estado, equilibrando a condição de investimento em áreas prioritárias como segurança, educação e saúde.
- Desburocratização dos processos de licenciamento ambiental através de revogação ou revisão da IN 001/2015 do Iphan, que vincula este órgão aos processos de licenciamento ambiental, gerando atrasos incalculáveis às emissões de licenças, sobretudo para o setor de mineração.
- Esforço adicional para aprovação PL 168/2018, que tramita no Senado, sobre a Lei Geral de Licenciamento, sob relatoria do Senador Sérgio Petecão (PSD/AC).
- Proposição de PEC limitando os tribunais de contas a apenas emitirem pareceres, evitando que TCU e TCEs paralisem obras intempestivamente.
- Adequação da legislação vigente para que agentes públicos somente possam ser condenados se comprovado dolo em sua conduta.
- Aprovação de lei federal instituidora do atestado médico digital nos âmbitos público e privado de saúde, conforme prevê projeto de lei 3957/2015, de autoria do Deputado Hugo Motta (PMDB/PB).
Relativos à Infraestrutura:
- Execução das obras interrompidas de 7 km da BR 262 pelo Exército Brasileiro e previsão de aplicação de recursos federais no trecho do Espírito Santo dessa rodovia, a fim de elevar a velocidade diretriz de projeto para 80 km/h e garantir que o processo de concessão se complete – considerando esforço adicional para atrair os investidores – dentro do calendário estipulado pelo Ministério da Infraestrutura, com previsão para segundo semestre de 2020.
- Imediata emissão de licença prévia pelo IBAMA para duplicação do trecho Norte da BR 101 e revisão quinquenal do contrato de concessão da ANTT com a concessionária, a ECO 101.
- Celebração imediata dos contratos de adesão com a ANTAQ e de cessão onerosa com a SPU do Porto da Imetame.
- Esforço adicional para aprovação do PL 6407, a Nova Lei do Gás.
- Incentivo aos produtores de gás para implantação de nova Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN, no Espírito Santo, para processar gás do campo Pão de Açúcar.
- Autorização para construção de novo duto de transporte de gás natural do Espírito Santo para Minas Gerais (Rota 6 e o Novo Duto de Transporte ES-MG).
- Incentivo à instalação de mini refinarias no Espírito Santo, tendo em vista ser o Estado o terceiro maior produtor de petróleo do país e ainda não ter se beneficiado da cadeia industrial do setor.
- Tomar decisões que coloquem a indústria naval brasileira em iguais condições de concorrência com as de outros Países, incentivando a contratação de estaleiros brasileiros por parte da Petrobras, como é o caso do Estaleiro Jurong, que foi fortemente prejudicado pelos cancelamentos de encomendas desta.
- E, por fim, cumprimento do calendário do processo de desestatização da Cia. Docas do Espírito Santo – CODESA.