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Economia de um lado para não abrir mão de pequenos luxos do outro

Para não abrir mão de ter seus jogos, o comerciante Michel Lisboa passou a ficar de olho em promoções. A secretária Érica Nascimento passou a escolher destinos onde tem familiares para economizar com hospedagem e não precisar deixar de viajar. Enquanto a estudante Adrielli Sabadini aprendeu fazer o cabelo em casa, para gastar menos com salão de beleza.

O corte nos gastos, bem como a seleção do que é prioridade foram algumas mudanças de hábito adquiridas pelos capixabas desde que o país iniciou uma severa crise econômico-financeira. Como o problema atingiu a todas as classes, e o poder de consumo vem caindo ano a ano, desde 2015, as escolhas possibilitam que as compras sejam adaptadas.

Michel Lisboa diz que apesar da crise, não abriu mão de consumir serviços de jogos, mas teve que recorrer a promoções. “Não abri mão de comprar meus games e de ser assinante de serviços de streaming, mas passei a ficar mais atento as ofertas. Comecei a utilizar as plataformas de busca de ofertas”, disse Michel.

Erica Nascimento conta que precisou cortar gastos, que antes eram comuns, por conta da recessão. “Parei de fazer cabelo no salão, agora compro os produtos e faço em casa. Também diminui o consumo com hotelaria. Agora sempre que faço viagens fico na casa de parentes”, disse Erica. Preocupada com a beleza, Adrielli Sabadini, passou a reparar as fórmulas dos produtos. “Procuro produtos com as mesmas formulações, mas com preços mais acessíveis do que os outros para me cuidar”, explicou.

Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no município de Vitória, divulgada pela Fecomércio-ES, apontou que de agosto do ano passado para o de 2017 a intenção de consumo das famílias apresentou recuo de 32,2%. Um patamar inferior, inclusive, a março de 2015. Contudo, se comparado julho e agosto, reagiu e apresentou um crescimento de 4,3%.

A perda dos empregos e a falta de confiança são os principais fatores que interferem na disposição ao consumo. Enquanto o ambiente não for melhor para a atividade econômica, se traduzindo em aumento de empregos e oportunidades, muito provavelmente as famílias permanecerão prudentes para o consumo, avaliou a pesquisa.

Consumo
Os componentes relativos ao consumo apresentaram crescimento na passagem de julho para agosto, mas continuam em níveis muito baixos. O Nível de Consumo Atual avançou 1,9%, marcando 15,1 pontos. Nesse item as famílias fazem uma reflexão sobre seu consumo no tempo, avaliando se estão comprando mais ou menos atualmente quando comparado ao ano passado.

A avaliação sobre as Perspectivas de Consumo para os próximos meses foi na mesma direção, com avanço de 11,6%, registrando 17,9 pontos. Mesmo com o crescimento, esse componente também se encontra em um nível bem baixo. Nesse item as famílias conjecturam sobre o consumo para os próximos meses avaliando se será maior ou menor.

No mês de agosto, o componente Emprego Atual registrou queda de 3,1% em relação ao mês anterior e, apesar de voltar ao nível de insatisfação, é o que possui a melhor avaliação entre os componentes pesquisados, com 98,5 pontos. Já o componente das Perspectivas Profissionais é o que possui o mais baixo valor (13,3 pontos). Esse indicador mostra a avaliação sobre expectativa de melhoria profissional nos próximos meses e registrou recuo de 19,8% em agosto em relação a julho. Em relação ao ano passado a queda chega a 72,0%.

Renda e crédito
A avaliação da Renda Atual cresceu 11,4% em relação ao mês anterior chegando a 50,4 pontos. As Compras a Prazo, na qual avaliam sobre o acesso ao crédito em relação ao ano passado, também cresceram na ordem de 16,7% na comparação mensal e a avaliação para compra de duráveis, itens mais dependentes de crédito, também teve variação positiva, 11,2%.

Brasil
A ICF apurada para o Brasil se manteve estável em agosto na comparação com julho, registrando 77,3 pontos. Já na comparação anual obteve incremento de 11,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. (com informações de Ygor Cássio)

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