A chegada do inverno e a baixa umidade do ar são os principais motivos de doenças típicas nessa época do ano, como gripes, resfriados, asmas, bronquites, amigdalites, pneumonias, rinites alérgicas e dores de ouvido. Crianças, idosos, portadores de doença pulmonar, cardiopatas e pessoas com a imunidade baixa são os mais afetados pelas chamadas doenças de inverno.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano, as doenças respiratórias causam comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas. Por terem sintomas parecidos, as pessoas acabam tentando tratar a doença em casa, o que muitas vezes pode piorar o quadro, dependendo de qual doença respiratória a pessoa está enfrentando.
Segundo a pneumologista Márcia Bellote, as doenças respiratórias são na maioria, causadas por vírus e, em segundo lugar, por bactérias. A médica explica que os pacientes alérgicos desencadeiam crises mais frequente por infecções vírus nessa época do ano e o frio não é o único responsável.
“Nessa época do ano, as alergias respiratórias pioram muito por causa das infecções virais frequentes, o aumento da poluição ambiental, as mudanças bruscas climáticas e o ar seco”, explicou a especialista.
Apesar de não ser possível se prevenir de algumas formas de infecção, pequenas iniciativas, no dia a dia, podem reduzir a possibilidade de contágio. A pneumologista aponta o melhor caminho:
“Evitar ambientes fechados com grande aglomeração de pessoas, manter padrões de limpezas adequados, lavar agasalhos e cobertores antes de usá-los, retirar dos cômodos livros ou almofadas que acumulam poeira e mantenham as vacinas atualizadas. Vacina de gripe deve ser feita anualmente, em todas as idades”, afirma Marcia Bellote.
Cuidados especiais
A pneumologista explica que, no inverno, os bebês e as crianças pequenas sofrem com problemas respiratórios constantes, principalmente, quando começam a frequentar a escola. A médica explica que isso acontece devido à aglomeração dos pequenos – que ainda não têm sistema imunológico bem desenvolvido -, em um ambiente fechado.
“As crianças se contagiam por meio de outras crianças. Quando uma criança aparece com o vírus em uma escola ou creche, ele se espalha rapidamente por toda a sala, devido aos ambientes fechados e à ventilação reduzida, que facilitam a transmissão dos vírus”, disse a profissional.
Tratamento
Apesar de todos os incômodos e noites mal dormidas que a gripe ou o resfriado podem causar, não há motivo para pânico. Existem várias formas de tratamento, começando pelas mais conhecidas: muita água e repouso. Os antivirais é outra forma de aliviar os sintomas, mas não são capazes de diminuir o resfriado.
Quando ocorrem complicações graves como a bronquite, que pode causar falta de ar e evoluir para uma pneumonia, é importante buscar um especialista. A médica ressalta a importância de procurar um profissional caso os sintomas permaneçam por mais de 10 dias.
“Nas alergias respiratórias, é importante procurar um alergista e imunologista. Os pneumologistas cuidam de asmas e pneumonias, os otorrinolaringologistas também cuidam de rinite. Doenças infecciosas são tratadas por infectologistas e as deficiências imunológicas pelos imunologistas clínicos”, finalizou a profissional.
