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Caminhoneiros podem parar a qualquer momento no Espírito Santo

greve_caminhoneiros___dayana_souza__59_-27511Os caminhoneiros podem parar suas atividades em todo o Espírito Santo a qualquer momento, juntamente com a categoria no resto do país. Em território capixaba não está prevista greve, mas atos de protestos em diversas regiões. O ato dos caminhoneiros é um protesto contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de suspender a aplicação de multas pelo descumprimento da tabela dos preços mínimos de frete.

“Ainda não decidimos os pontos de manifestações, mas vamos parar ainda esta semana”, disse o representante do movimento dos caminhoneiros capixabas, Alonso Krause. A maioria das lideranças ainda aguarda desdobramentos de medidas em discussão em Brasília.

Em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, atos foram realizados, inclusive paralisando vias estaduais e federais. Em São Paulo houve confronto entre manifestantes e Polícia Rodoviária Federal. No Espírito Santo não estão descartada tomadas de estradas, contudo não há previsão de fechamento impedindo o fluxo de carros e mercadorias.

O ato dos caminhoneiros é o segundo este ano. Em maio, com a paralisação deles os capixabas foram afetados diretamente nas operações dos Correios, adiando encomendas, suspensão no envio de frutas e verduras para as centrais de abastecimento de hortifrutigranjeiros, carne e legumes aos supermercados e hortifrútis, levando ao aumento dos preços de insumos básicos para sobrevivência. Houve bloqueios na Ceasa e em postos de combustíveis do Espírito Santo. O movimento também afeta os avicultores, porque a ração que é utilizada para alimentar as aves não chega aos destinos. Desta forma, os animais podem acabar morrendo.

A greve dos caminhoneiros atingiu a economia do Brasil. Na última greve, 1,2 pontos percentuais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a riqueza do país, em 2018, foi afetado, conforme divulgado pela secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi. Segundo o Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES), a paralisação também impactou negativamente contas públicas federais e estaduais, bem como os tributos relacionados a vendas e produção.

O PIB do agronegócio – ou seja, toda a renda gerada no setor – deve recuar 1,6% neste ano, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com a entidade, o setor foi impactado principalmente pela greve dos caminhoneiros, que fez preços de insumos dispararem. Para 2019, a previsão é de alta de 2%. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira em coletiva de imprensa na sede da entidade, em Brasília.

Além disso, o varejo – vendas de produtos em pequena quantidade – também foi afetado. Houve um recuo de 0,3% de maio para junho. A queda chegou a 1,2%. No total, a greve dos caminhoneiros trouxe para o varejo um prejuízo de 1,5%. Espalhou-se pelo país, também, a crise de abastecimento de combustíveis.

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