Em meio a um cenário econômico incerto e desfavorável, muitas pessoas passaram a administrar melhor suas finanças e atentar para não comprometerem o orçamento. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB). Segundo o levantamento, oito em cada dez (79%) brasileiros adotaram novos hábitos voltados para a educação financeira. Um total de 59% dos entrevistados revelou que pesquisa os preços antes de comprar algum produto. Nas classes A e B, especificamente, esse percentual chega a 68%.
Os 56% dos brasileiros que participaram da pesquisa disseram que estão controlando mais os gastos com lazer, enquanto 55% limitaram mais as despesas pessoais. Afim de reduzir o valor nas contas domésticas, 54% dos entrevistaram admitiram que passaram a reduzir o consumo de água, luz e telefone. E, no lugar de comprar produtos de marcas mais caras, 46% decidiram substituir por similares por valores mais em conta.
Na avaliação do conselheiro do Corecon-ES, Juliano César Gomes, os períodos de crise são oportunidades para reavaliação e mudanças, especialmente de atitudes. “O brasileiro está aprendendo a se reinventar e a repriorizar suas escolhas de consumo. Quando lidamos com orçamento, não há mágica, pois os recursos são limitados. O segredo é acompanhar e monitorar diariamente as receitas e despesas, pois assim, não há surpresas indesejadas no final do mês. Ao longo do tempo isso se torna um hábito, com excelentes resultados. Tudo é uma questão de escolha e cada escolha é uma renúncia”, opinou o especialista.
