Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná mostrou um cenário apertado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispute as eleições, deixando a situação do pré-candidato Jair Messias Bolsonaro (PSL) bastante apertada.
De acordo a pesquisa, Bolsonaro e Lula estão tecnicamente empatados, com 21,1% e 21,0% respectivamente. Em seguida, segue Geraldo Alckmin (PSDB), com 16,4%, Marina Silva (Rede Sustentabilidade), com 8,0%, e Ciro Gomes (PDT), com 4,9%. Do total de entrevistados, 15,9% não votariam em nenhum candidato e 3,8% não souberam responder.
Já em um cenário sem o ex-presidente Lula, condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão pelo caso do tríplex do Guarujá, Jair Bolsonaro lidera com 22,3%, e o número de pessoas que não votariam em nenhum candidato cresce para 21,9%. Em segundo lugar nas pesquisas, vem Geraldo Alckmin, com 19,0%. As intenções de voto para Marina Silva, Ciro Gomes e Álvaro Dias (Podemos), que vem em seguida na pesquisa, foram, respectivamente, 10,4%, 8,1% e 4,5%.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que seria a possível opção do Partido dos Trabalhadores (PT), caso o ex-presidente Lula de fato torne-se inelegível, recebeu 4,0% das intenções de voto.
A apuração foi realizada entre os dias 12 e 17 de julho, no Estado de São Paulo.
Baixo potencial eleitoral da maioria dos pré-candidatos
A reprovação aos nomes indicados como pré-candidatos também é grande. Mais de 50% dos entrevistados afirmaram não votar de jeito nenhum em candidatos como Lula (64,4%), Marina Silva (58,5%), Geraldo Alckmin (56,0%) ou Jair Bolsonaro (54,8%).
Quase 90% desaprovam Governo Temer
A pesquisa também avaliou a opinião dos eleitores quanto à administração do presidente Michel Temer (MDB). De acordo com a pesquisa, 78,1% dos entrevistados avaliaram o governo Temer como ruim ou péssimo. Já 87,2% desaprovam totalmente a administração atual.
Somente 4,1% dos eleitores avaliaram o governo federal como bom ou ótimo. Já quanto o aprovação, somente 9,8% afirmaram apreciar a administração vigente.
Por Pedro Cunha ([email protected])