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Banindo o nazismo

Uma questão de coragem. O jornalista Dennis Prager, da Rádio Talk Show Host & Author, teve um seu recente trabalho traduzido por Hugo Silver e revisado por Johathas, a respeito do uso da expressão “nazista”, termo profundamente pejorativo para qualificar um indivíduo como de má índole.

Vem, então, Dennis Prager com suas perguntas: “Por que, quando pessoas descrevem indivíduos ou regimes particularmente maus, elas usam o termo “nazista” ou “fascista”? Mas quase nunca dizem “comunista”? Mesmo diante do inigualável nível de sofrimento humano que o comunismo causou. Por que o termo “comunista” não causa tanta repulsa quanto “nazista”?

Ao termino da Segunda Guerra Mundial, abril de 1945, houve em tratado entre Roosevelt (Estados Unidos), Churchill (Grã Bretanha) e Stalin (União Soviética) com objetivo de selarem um pacto de massacrar os alemães, banindo da face da terra o “nazismo”.

Diz Dennis no seu trabalho: “Os comunistas mataram 70 milhões na China, mais de 20 milhões na União Soviética, sem contar em torno de 5 milhões de ucranianos. E quase 1 em cada 3 cambojanos. Os comunistas escravizaram nações inteiras. Na Rússia, Vietnã, China, Leste Europeu, Coréia do Norte, Cuba e boa parte da Ásia Central, eles arruinaram as vidas de mais de 1 bilhão de pessoas. Então por que o comunismo não tem a mesma reputação terrível que o nazismo?

“Razão número 1: Há simplesmente, uma ignorância generalizada sobre a História do Comunismo. Se tanto a direita como a esquerda odeiam o nazismo e ensinam sua história perversa, a Esquerda – e refiro-me à “Esquerda” não os democratas tradicionais como Harry Truman ou John F. Kennedy – nunca odiou o comunismo. E uma vez que a esquerda domina as universidades, quase ninguém ensina a história perversas do comunismo.

Razão número 2: Os nazistas realizaram o holocausto. Nada é páreo em maldade para o Holocausto. A prisão de praticamente todo homem judeu, mulher, criança e bebê no continente europeu, enviando-os à morte não tem precedentes e é inigualável. Os comunistas mataram muito mais do que os nazistas, mas nunca se igualaram ao Holocausto na sistematização do genocídio. A singularidade do Holocausto e a atenção enorme que, corretamente, a ele se dá, ajudaram a garantir ao nazismo uma reputação pior do que a do comunismo.

Razão número 3: O comunismo se baseia em teorias que soam bem. Já o nazismo não. Se baseia em teorias que soam odiosas. Os intelectuais, em geral, incluindo aqueles que escrevem a História, são seduzidos por palavras. Tanto é assim que eles consideram ações menos importantes do que as palavras. Por isso, eles não prestam tanta atenção aos atos perversos dos comunistas quanto deram aos atos perversos dos nazistas. Eles julgam a maldade dos comunistas como um desvio do verdadeiro comunismo. Mas eles julgam as atrocidades nazistas corretamente, como resultado lógico e inevitável do nazismo.

“Razão número 4: Os alemães expuseram completamente as mazelas do nazismo, se responsabilizaram por elas e tentaram se redimir delas. Os russos não fizeram nada parecido com relação aos horrores de Lenin ou Stalin. Pelo contrário, Lenin, o pai do comunismo soviético, ainda é grandemente venerado na Rússia. E quanto a Stalin, como dito pelo historiador da Universidade de Londres, Donald Rayfield, abre aspas: “As pessoas ainda negam, aberta ou veladamente, o Holocausto de Stalin” – fecha aspas. Tampouco a China expôs o maior dos genocidas e escravizadores: Mao Tsé Tung. Mao ainda é reverenciado na China. Toda nota chinesa tem a sua foto. Até que a Rússia, a China, o Vietnã, a Cuba, a Coréia do Norte reconheçam as atrocidades que cometeram sob comunismo as atrocidades do comunismo serão menos conhecidas do que as do Estado alemão sob Hitler.

“Razão número 5: Os comunistas mataram mais entre a sua própria gente. Os nazistas, porém, mataram bem poucos alemães. “A opinião internacional” – este termo altamente insignificante e imoral – vê o assassino de seu próprio povo como bem menos significante do que o assassino de pessoas de outro povo. É por isso que, por exemplo, negros que matam milhões de outros negros na África quase não chamam a atenção da “opinião internacional”.

E razão número 6: Na visão da esquerda, a última guerra justa foi a Segunda Guerra Mundial – a guerra contra o nazismo alemão e o fascismo japonês. A esquerda não considera guerras contra regimes comunistas como guerras justas. Por exemplo, a guerra dos EUA contra o comunismo vietnamita é vista como imoral. E a guerra contra o comunismo coreano e seus aliados comunistas chineses é simplesmente ignorada. Até quando a esquerda e todas as instituições por ela influenciadas reconheçam quão perverso foi o comunismo continuaremos a viver em um mundo moralmente confuso. Enquanto isso, todas as pessoas de bem têm como dívida às vítimas do comunismo aprender o que aconteceu com elas. Pior do que você ser assassinado ou escravizado, é um mundo sequer saber o que aconteceu com você. Eu sou Dennis Prager.

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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Comentários
  1. Tem muita coisa certa no que o autor diz, mas só até certo ponto. Também há muito viés no texto.

    O que ele diz de certo, é que o comunismo realmente causou todas essas atrocidades. As pessoas podem até argumentar contra isso, realmente dizendo que não se trata do verdadeiro comunismo. Mas o mais correto, de fato, é assumir todas as maldades que foram cometidas pelo comunismo. E realmente, foram muitas, tendo matado mais do que os nazistas mesmo.

    Mas a razão do texto acaba por aí, todo o resto é tendencioso e explico o motivo.

    1) Mesmo que seja falho o argumento de que os executores do comunismo teriam se desviado do “verdadeiro” comunismo, e mesmo que se deva dar mais peso às ações do que às palavras, o problema do Comunismo como ideologia não pode ser equiparado ao do Nazismo.

    A ideologia do comunismo diz que são injustas as diferenças sócio econômicas na sociedade. Você pode até não concordar, mas não tem nada de atroz nessa ideologia. O problema é que o comunismo, para corrigir esse apontado “problema”, encaminha para o autoritarismo e o totalitarismo, onde quer que seja aplicado, sendo todas as suas atrocidades resultantes dessa aplicação, em última análise.

    Já a ideologia do Nazismo, ela já é “corrompida” desde a premissa, desde o próprio núcleo, ao dizer que um povo e uma raça são superiores a todos os outros. Resulta daí, em primeiro lugar, todo o mal que o Nazismo causou.

    E não adianta, não dá para equiparar mesmo, porque você não pode condenar uma idéia que diz que uma desigualdade injusta deva ser corrigida. A idéia em si não pode ser condenada nem vista como ponto de partida para atrocidade, apenas o método pode e o ponto nodal da questão está em não ser possível provar que o método terrível seja desdobramento necessário dessa idéia.

    Já uma idéia que diz que uma raça ou um povo seja superior a outro, você tem como argumentar com muito mais facilidade, que essa premissa desdobra em métodos como extermínio e genocídio.

    2) Não, o Holocausto não foi um momento de inigualável atrocidade na história humana, pelo motivo que o autor diz que foi, qual seja: porque teria sido a primeira sistematização dos métodos para exterminar povos e etnias. Isso porque, na verdade o Holocausto não foi a primeira sistematização dos métodos para exterminar povos e etnias. O Holocausto foi a primeira vez que os europeus ocidentais usaram contra os próprios europeus, a sistematização dos métodos para exterminar povos e etnias, na história moderna e contemporânea.

    Todos os impérios do mundo até então, incluindo os países da Europa e as novas nações da América, já utilizavam a sistematização dos métodos para exterminar povos e etnias, com o fim de dizimar nativos, escravizar pessoas e explorar riquezas. A diferença é que nunca um povo europeu coidental tinha feito isso contra outros europeus na história moderna e contemporânea, o que acabou ocorrendo com a chegada do Nazismo.

    3) O autor do texto defende que as nações que praticaram (ou ainda praticam) o comunismo, deveriam reconhecer publicamente a vilania desse sistema, como forma de expor a verdade. Talvez ele esteja certo, só que isso implicaria dizer que as nações ocidentais também deveriam expor todas as atrocidades que cometeram ao longo de séculos, para exterminar nativos, escravizar pessoas e explorar riquezas em outras partes do mundo. Fora que o comunismo ainda tem a menos pior das premissas para isso, qual seja, a de desfazer uma diferença entendida por injusta. E os ocidentais, qual a sua “desculpa”? Levar a “civilização” aos quatro cantos do mundo.

    4) Assim o autor do texto tem uma tendência enviesada mesmo quanto ao assunto, pois usa padrões duplos, ora condenando os 100 anos de aplicação autoritária, totalitária e (realmente) sanguinária do comunismo, orando fechando os olhos para os 500 anos de métodos de extermínio de povos, dizimação de nativos, escravização de pessoas e exploração de riquezas, perpetrados pela civilização ocidental desde o descobrimento da América.

    E não interessa nada mesmo, o fato de os povos explorados, subjugados, escravizados e dizimados também terem sua carga de atrocidade. Isso não é, nunca foi e nem nunca poderá ser desculpa para aplicação de métodos ainda mais sofisticados, para perpetração de holocaustos diversos, com o intuito real de acumulação de riqueza e poder, disfarçado sob justificativas divinas e civilizatórias incrivelmente falsas.

    A admiração pelas (justas) conquistas e avanços da civilização ocidental, pela sua música erudita, pelos seus palácios; o gosto pelo estilo e as honras da cultura anglo-americana, pelo seu cinema pela sua Jazz e Pop, pelos seus carros esportivos, pelo livre empreendimento que permite às pessoas viverem nos melhores termos possíveis, não pode fechar os olhos das pessoas pelas falhas e erros dessa civilização. Ainda mais quando é para cobrar das outras, que reconheçam suas próprias falhas e erros.

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