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Uso de ônibus não está associado ao aumento da Covid-19, aponta estudo

Um estudo divulgado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), na manhã desta terça-feira (16), defende que não há relação direta entre uso do transporte coletivo e o crescimento dos casos do novo coronavírus (Covid-19).

A pesquisa, feita entre de 29 de março a 25 de julho, se baseou em 15 sistemas de transportes públicos brasileiros, que atendem 171 municípios brasileiros. Em Vitória, foi analisado apenas o sistema de transporte municipal. Por isso, os dados não contemplam as linhas que atendem à região metropolitana.

Para a realização da pesquisa, foi feito um cruzamento entre os dados do número de passageiros transportados e a incidência de casos confirmados de Covid19 nas mesmas cidades. Em Vitória, o estudo defende que, em semanas onde houve a diminuição da demanda por viagens, foi registrado um aumento dos casos, o que indicaria a inexistência de correlação direta entre as duas variáveis.

O gráfico com os dados do município de Vitória indica momentos em que o crescimento do número de casos cresceu logo após o aumento da demanda por viagens. A reportagem questionou à NTU se isso indicaria uma relação de causa e consequência entre os números. De acordo com a Associação, a análise estatística leva em consideração o conjunto de observações.

A Associação alega que, em determinadas semanas, houve aumento da demanda por viagens em Vitória e redução de casos. Em outras, ocorreu o inverso, a demanda diminuiu enquanto os casos aumentaram.

Confira o gráfico de Vitória:

Uso de ônibus não está associado ao aumento da Covid-19, aponta estudo

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (16), o diretor técnico André Dantas, argumentou que os dados mostram que não existe relação entre as variáveis. “Ninguém esta dizendo que não existe o risco de contágio no transporte público. Esse risco é o mesmo que se daria em ambientes em que há mais de uma pessoa num mesmo espaço. […] Mas nós temos evidencias cientificas que apontam para a inexistência de relação direta entre os dados”.

De acordo com o presidente-executivo da NTU, Otávio Cunha, o objetivo da pesquisa é mostrar que a adoção de medidas de segurança, entre elas a utilização das janelas abertas, a orientação para o uso de máscaras e a limpeza diária interna dos veículos, pode reduzir a contaminação dentro dos transportes coletivos. “Nós vamos intensificar as recomendações às empresas […] são recomendações básicas essenciais para minimizar o contágio”, ressaltou.

.A reportagem procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Espírito Santo (Setpes) que, em nota, informou que as empresas filiadas ao sindicato estão cumprindo com as orientações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) e dos órgãos gestores.

“Os coletivos circulam com as janelas abertas. É realizada a limpeza diária interna dos veículos. É disponibilizado álcool em gel nos ônibus e os passageiros são orientados com as medidas de segurança contra o novo coronavírus”.

O estudo da NTU não contempla o número de motoristas contaminados com a Covid-19. Em Vitória, os profissionais que fazem parte do grupo de risco foram afastados e os cobradores foram retirados dos ônibus. 

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