A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil lançou uma nova diretriz sobre o diagnóstico e o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco em um cuidado multidisciplinar e na padronização dos critérios clínicos utilizados por profissionais de saúde. Para explicar o que muda na prática, a Rádio ES Hoje conversou com a neuropsicopedagoga Pollyana Fiorotti, que destacou a importância da detecção precoce e da comunicação entre profissionais, escolas e famílias.
“Essa nova diretriz tem como ênfase o diagnóstico precoce, com uma avaliação clínica baseada em critérios padronizados”, explicou.
A especialista também alertou para o crescimento de terapias sem comprovação científica, que prometem resultados rápidos e podem colocar em risco o desenvolvimento das crianças.
“Tudo muito milagroso, onde querem entregar uma cura, uma mudança rápida — isso não existe. A gente precisa focar em tratamentos eficazes, baseados na ciência.”
Para Pollyana, a nova diretriz e o decreto do governo federal que atualiza as políticas públicas voltadas à intervenção precoce representam um avanço, mas é necessário garantir a efetivação das ações. Ela ressalta que o trabalho em equipe e a comunicação entre clínica, escola e família — tecnicamente chamada de tríade do desenvolvimento — são fundamentais para o progresso da criança.
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