Dólar Em alta
5,390
25 de outubro de 2025
sábado, 25 de outubro de 2025
Vitória
19ºC
Dólar Em alta
5,390

“Situação muito grave”, diz secretário sobre surto no Santa Rita e critica falha de comunicação

O secretário estadual de Saúde, Tyago Hoffmann, classificou como “muito grave” a situação do surto de infecção ainda sem causa confirmada no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória. Ele criticou a falta de comunicação imediata do hospital à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o que, segundo ele, dificultou as investigações sobre a origem do problema.

“A situação é muito grave. Tivemos profissionais de saúde que se tornaram pacientes. Uma pessoa ainda está em estado muito grave e intubada. O hospital deveria ter informado antes, pois o laboratório central precisava coletar amostras antes da desinfecção da ala afetada”, afirmou Hoffmann.

A enfermaria identificada como possível foco da contaminação já foi descontaminada, mas a Sesa alertou que a limpeza precoce pode ter comprometido a coleta de amostras necessárias para identificar o agente causador da infecção.

Leia mais sobre o surto misterioso no Hospital Santa Rita

Hospital confirma 14 casos e fala em melhora

Atualmente o número de pessoas infectadas é de 30, e a possível causa estudada é de contaminação ambiental no Hospital Santa Rita de Cássia. Entre os casos confirmados, está uma técnica de enfermagem internada na UTI em estado grave e intubada, segundo relatos de funcionários da unidade. O cenário desperta preocupação entre os profissionais que atuam na área atingida.

Em nota, o Hospital Santa Rita de Cássia confirmou 14 funcionários internados, sendo dois em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis em enfermaria. A direção informou que a curva de casos apresenta queda desde o dia 22 de outubro e que nenhum paciente internado apresentou sintomas semelhantes. “O hospital segue em funcionamento normal. A hipótese inicial é de uma possível causa ambiental, que está sob investigação detalhada”, informou a instituição.

Um comunicado interno também orientou o uso de máscaras N95 ou PFF2 nos setores E, UTI, CME e Centro Cirúrgico.

Sindicato cobra proteção e atendimento aos profissionais

O Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (SEE-ES) informou ter recebido quatro denúncias relacionadas ao surto. A presidente da entidade, Valeska Fernandes, afirmou que vai solicitar intervenção da Sesa e notificar o hospital para garantir atendimento médico gratuito aos profissionais afetados.

“Os sintomas começam com tosse e dificuldade para respirar, evoluindo rapidamente para pneumonia. Estamos pedindo uso rigoroso de EPIs e acompanhamento médico para todos até que a origem seja identificada”, disse Valeska.

O que se sabe até agora

  • 14 funcionários do Hospital Santa Rita foram internados com infecção pulmonar.

  • Uma técnica de enfermagem, de 48 anos, permanece intubada em estado crítico.

  • A Sesa investiga uma possível contaminação ambiental em uma enfermaria do SUS (Setor E).

  • A Vigilância Sanitária determinou uso obrigatório de máscara N95/PFF2 e “precaução máxima”.

  • Análises laboratoriais seguem em andamento para identificar bactéria ou fungo.

  • O hospital afirma que os casos estão em queda e que não houve novos registros desde o dia 22.

  • O secretário de Saúde criticou o atraso na notificação do surto.

  • O Sindicato dos Enfermeiros cobra transparência e apoio médico.

  • A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa solicitou esclarecimentos e medidas urgentes à Sesa e à direção do hospital.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas