O secretário de Estado da educação, Vitor de Angelo, afirmou em entrevista para a CBN Vitória na manhã desta segunda (10) que o retorno às aulas no Estado estão mais próximas de setembro do que janeiro.
Uma das questões mais polêmicas sobre o retorno presencial das aulas é a decisão dos pais em manter os filhos em casa, por segurança.
Entretanto, para o secretário, essa pode não ser uma opção. “Uma vez que o ensino é obrigatório, a escolha dos pais está em discussão sobre o fundamento legal para a liberação ou não”.
Para ele, a preocupação dos pais é compreensível, mas é preciso considerar o direito dos alunos. “Temos que entender o quão prejudicial tem sido para a educação desses alunos. Precisamos considerar seus direitos à aprendizagem e ao convívio escolar”.
O secretário comentou sobre as medidas publicadas na portaria do Diário Oficial no último sábado (8). Entre elas, o retorno gradual começando pelo ensino superior nos cursos da área de saúde.
A portaria estabelece o retorno do ensino estadual através de revezamento. “Começando pelo ensino médio, na primeira semana. Seguido do Fundamental II e por último o Fundamental I. Para o retorno presencial do ensino infantil ainda não há previsão na portaria”.
A volta presencial das aulas do ensino estadual dependerá da diminuição da curva, explica o secretário. “Um Comitê Local está previsto para selecionar responsáveis por zelar por essas medidas, que incluem a medição de temperatura dos alunos, higienização, distanciamento e transporte”.
O retorno será gradual, e segundo o secretário, as escolas não chegarão a 50% da capacidade de alunos por vez. “Os alunos terão uma semana de aulas presenciais e outra de atividades que podem ser feitas em casa. Independente de internet, as atividades poderão ser impressas e entregues aos alunos”.
Cursos de saúde voltam primeiro
Para o ensino superior, segue o mesmo protocolo, com algumas ressalvas. “Para os cursos da área de saúde, alguns setores continuam e as aulas podem retornar ainda esse mês. Para outros cursos, está sendo estudado o retorno dos alunos concluintes”.
O secretário reforçou que esse é um planejamento para o futuro. “Hoje ainda não há condições de voltar. Mas nós, gestores, não podemos deixar de nos planejar”.
Uma das questões mais polêmicas sobre o retorno presencial das aulas, é a possibilidade de decisão dos pais de manter os filhos em casa, por segurança.