O processo eleitoral para 2026, cada vez mais, ganha contornos. E esta semana demonstrou alguns detalhes.
Acompanhe os principais destaques de análises e acontecimentos da semana.
Esforço I
O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), é hoje o nome que mais se movimenta para viabilizar sua candidatura ao Senado e, ao mesmo tempo, se firmar como integrante de confiança no grupo político do governador Renato Casagrande (PSB). Sua agenda tem sido intensa, recheada de encontros e articulações, como o almoço da segunda-feira (22) com o vereador de Vitória André Brandino (Podemos). Enquanto Euclério acelera, outros possíveis postulantes parecem atuar em ritmo de “banho-maria”, aguardando definições.
Esforço II
Se logo no início essa movimentação provocou reações — como a da federação União Progressista, liderada pelo deputado federal Da Vitória (Progressistas) —, a sensação em alguns setores é de que ainda existem amarras a serem desatadas antes de o jogo político estar completamente posto. E o ritmo acelerado de Euclério só reforça esse contraste.
Esforço III
A estratégia do prefeito é clara: acumular apoios que possam garantir a ele a segunda vaga ao Senado dentro do grupo de Casagrande. A primeira cadeira da disputa, como se sabe, já está encaminhada para o governador, que apoia a candidatura do vice Ricardo Ferraço (MDB) ao Palácio Anchieta, aliado de primeira hora de Euclério e nome de confiança do socialista.
Esforço IV
Ocorre que, no tabuleiro, há pontos delicados a serem resolvidos. Casagrande, em sua reeleição, montou uma frente ampla que englobava até o PT e partidos de esquerda. Para um eventual projeto de Ricardo Ferraço ao governo, esse cenário não se repetiria, já que vice e petistas não caminham juntos por razões ideológicas.
Esforço V
Outro fator é a própria União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas, que exige espaço relevante na montagem das chapas. E nesse contexto, a possível chegada do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), ao grupo governista pode embaralhar ainda mais o jogo. Arnaldinho também alimenta o desejo de disputar o Palácio Anchieta, o que cria uma competição interna entre aliados de Casagrande, já que ele e Ferraço se apresentam como nomes afinados ao governador.
Esforço VI
Diante desse quadro, é legítimo que Euclério siga ampliando suas alianças e fortalecendo seus argumentos para ser confirmado como o segundo nome ao Senado. Até porque respaldo político ele já coleciona – e muito! O problema é que, até a definição sobre quem disputará o governo pelo grupo de Casagrande – tudo indica ser Ricardo, mas Arnaldinho segue tentando -, as amarras continuam a travar os desdobramentos do pleito até mesmo para o Senado.
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Distante I
O PT, ao que tudo indica, vai estar distante do grupo do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB).
Distante II
Apesar de o MDB, do vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), seguir compondo a gestão do presidente Lula (PT), no Espírito Santo fica como água e óleo a relação ideológica de Ricardo com a sigla da estrela vermelha.
Distante III
Por conta da conjuntura estadual, a direção nacional do PT, conforme ES Hoje publicou, deu sinal verde para construção da pré-candidatura do deputado federal Helder Salomão (PT) ao governo do Espírito Santo.
Distante IV
Com isso, o PT já finca posições de não compor a chapa do grupo de Casagrande no ano que vem.
Distante V
Com a possível candidatura de Helder, já ficaria inviável, visto que o candidato que tem maior predileção de Casagrande a disputar o Palácio Anchieta é Ricardo. E isso não deve mudar.
Distante VI
Outro ponto também é o Senado. O governador, pelo seu grupo, deve ser o primeiro postulante a uma das duas cadeiras da principal Casa de Leis do Congresso. A segunda deve ficar com alguém mais de centro/direita. E o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), briga por esse espaço, assim como o presidente da federação União Progressista, deputado federal Da Vitória (Progressistas).
Distante VII
Lembrando que o PT, em hipótese alguma, vai deixar de batalhar pela reeleição do senador Fabiano Contarato (PT).
Distante VIII
Se Helder for para o embate do Palácio Anchieta, é calculado que isso possa servir para ajudar na reeleição de Contarato e do presidente Lula.
Distante IX
O cálculo complicado, porém, envolve o próprio Helder em duas frentes. A primeira está relacionada ao Palácio Anchieta, em que Ricardo e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), surgem como favoritos nessa fase pré-eleitoral, tendo o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), como outra via. Há um grande trabalho a ser feito, sem contar a superação do antipetismo no Espírito Santo.
Distante X
A outra equação é do ponto de vista da Câmara dos Deputados. O ex-prefeito de Cariacica, em 2022, foi o parlamentar mais votado do Estado. Se Helder seguir no caminho para o governo, o PT deixa de ter um puxador de votos já testado para a Câmara e coloca a tarefa para a deputada federal Jack Rocha (PT), além do presidente estadual do PT, deputado estadual João Coser, e outros integrantes que compuserem esta chapa.
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E ainda teve…
…PDT, na Serra, tem desafio de imagem após a questão do afastamento de vereadores suspeitos de corrupção.
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Foto da semana
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), se lembrou das origens italianas e participou da queda da polenta na feira Sabores da Terra, que aconteceu no último fim de semana.
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Desejamos um ótimo fim de semana!
