O Supremo Tribunal Federal (STF) começou, nesta terça-feira (2) o julgamento sobre a trama golpista de 2022 que pode condenar, pela primeira vez na história do país, um ex-presidente e generais por uma tentativa frustrada de golpe de Estado, que aconteceu em 8 de janeiro de 2023.
Estão sendo julgados o ex-presidente da república, Jair Bolsonaro, e sete integrantes da cúpula do governo dele (2019-2022): Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa instalada no Palácio do Planalto que lançou ataques contra as urnas eletrônicas, incitou as Forças Armadas à insurreição e planejou um golpe contra a eleição de Lula à Presidência da República.
Ao iniciar a sessão, o relator do caso, Alexandre de Moraes, afirmou que o caso tem 1.630 ações penais, 683 condenações, 11 absolvições, 544 Acordos de Não Persecução Penal (ANPP) e 382 ações em andamento.
“Um país e sua Suprema Corte só tem a lamentar que, mais uma vez, na histórica republicana brasileira, se tenha tentando novamente um golpe de estado, pretendendo um estado de exceção e uma verdade ditadura”, afirmou Moraes.











