O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) determinou, nesta quinta-feira (16), a prisão preventiva do motorista Eduardo Rodrigues, que atropelou e matou a adolescente Karen Moreira Barbosa, em 16 de janeiro deste ano, enquanto a jovem caminhava com a mãe em uma ciclofaixa no município da Serra.
Lucinda Santos Moreira Barbosa, mãe de Karen, recebeu a notícia pela reportagem do ES Hoje e comemorou a decisão da Justiça. “Que notícia boa! Nada me faz feliz mais, mas me alivia saber que aquele homem que assassinou a minha filha, porque ele é assassino, vai ser preso. Era tudo o que eu queria”, desabafou.
A mãe de Karen ressalta que a filha era uma menina meiga e que tinha algo de diferente desde que nasceu. Lucinda lembra que, logo após o acidente, ela estava com a filha nos braços e Karen pediu que ela chamasse o motorista para que ela pudesse perdoá-lo. Para a mãe, uma grandiosidade da parte da filha. “Karen era uma menina diferente. Não por ser minha filha, não por ter falecido. Desde o dia que a Karen nasceu foi uma festa dentro do hospital. A Karen era muito inteligente, era amiga de todo mundo. A Karen era aluna destaque na escola porque ela ajudava as pessoas. Ela procurava as pessoas pra ajudar”, recorda.
Em sua decisão, a juíza substituta Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage,da 3ª Vara Criminal da Serra, enfatizou que é necessária a custódia do acusado “para o fim de ser assegurada a ordem pública e a aplicação da lei penal, sobretudo diante das circunstâncias concretas que entornam os fatos narrados na exordial”.
Para decretar a prisão preventiva, a magistrada assinalou, ainda, que “há nos autos fatores que reforçam a necessidade da reprimenda, tais como o modus operandi com que foi praticado o crime, sendo na direção de veículo automotor, havendo indícios de que cruzou a via no sentido oposto e a ingestão de bebida alcoólica antes de assumir a direção do caminhão, vindo a atingir a vítima Karen Moreira Barbosa, que caminhava pela ciclofaixa. Em face do cenário apresentado, entendo que pode ser vislumbrado nos autos o evidente perigo gerado pelo estado de liberdade do réu, o que também serve a revestir sua segregação de legalidade”.
A reportagem do ES Hoje não conseguiu contato com a defesa do motorista Eduardo Rodrigues. O espaço está aberto para manifestação.