O Senado Federal deve analisar dois requerimentos apresentados pelo senador Magno Malta (PL-ES), ambos relacionados à megaoperação “Contenção”, deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação foi considerada a maior operação integrada da história da segurança pública fluminense e teve como objetivo desarticular núcleos do Comando Vermelho, facção que expandia seu domínio em áreas estratégicas da capital.
O primeiro requerimento, de voto de pesar, presta homenagem aos quatro policiais mortos durante a operação: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, comissário da 53ª DP de Mesquita, conhecido como “Máskara”; Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, inspetor da 39ª DP da Pavuna; Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, sargento do BOPE; e Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, também sargento do BOPE.
Na justificativa, Magno Malta afirmou que os agentes “tombaram em cumprimento do dever, com coragem e honra”, e destacou que o episódio simboliza “o sacrifício diário de milhares de profissionais que colocam a própria vida em risco para proteger a sociedade”. O senador expressou solidariedade aos familiares e declarou que “a memória desses homens deve ser preservada como símbolo de bravura e dedicação à justiça”.
O segundo requerimento, de voto de aplauso, é dirigido ao governo do Estado do Rio de Janeiro, representado pelo governador Cláudio Castro, e às forças de segurança envolvidas: a Secretaria de Segurança Pública, chefiada por Victor Santos; a Polícia Civil, comandada pelo delegado Felipe Lobato Curi; e a Polícia Militar, liderada pelo coronel Marcelo de Menezes Nogueira. A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes e resultou na apreensão de armas de grosso calibre, explosivos e toneladas de drogas, além de diversas prisões. O planejamento da ação foi fruto de mais de um ano de investigações e, segundo o senador, demonstrou elevado nível de integração institucional.
Para Magno Malta, o resultado da operação e a atuação das forças policiais evidenciam “a maturidade operacional, inteligência e compromisso das instituições com a legalidade e a proteção da população civil”. Ele afirmou ainda que o trabalho conjunto representa “um avanço importante na reafirmação do Estado como garantidor da ordem e da paz social”.
O parlamentar, conhecido por sua atuação na área de segurança pública, declarou que as homenagens expressam gratidão e apoio aos profissionais que enfrentam o crime organizado. “Esses homens e mulheres que combatem o terrorismo das facções merecem respeito, estrutura e amparo do Estado brasileiro. São heróis que lutam pela preservação da vida e da liberdade do nosso povo”, afirmou.
As duas proposições, apresentadas nesta quinta-feira (30), serão incluídas na ata do Senado e encaminhadas aos familiares dos policiais e às autoridades do Rio de Janeiro. O debate ocorre em um momento marcado pelo avanço da violência e pela expansão de facções criminosas no país, cenário que, segundo o senador, reforça a relevância das ações de reconhecimento às forças de segurança.



 
                                    









