A sessão ordinária desta quarta-feira (10) na Câmara Municipal de Vitória foi marcada por protestos, tensão no plenário e rendeu troca de farpas e acusações entre parlamentares. Um grupo de manifestantes ocupou o espaço destinado ao público e a Guarda Municipal foi acionada após a localização de fogos de artifício em poder de participantes.
A convocação do ato foi feita pela vereadora Ana Paula Rocha (PSOL) em suas redes sociais.
Diante da repercussão, a parlamentar utilizou suas plataformas digitais para rebater as críticas e apresentar sua versão sobre o episódio. Em publicação no Instagram, Ana Paula disse que o vereador Armandinho Fontoura (PL) agrediu verbalmente mulheres durante a sessão do último dia 3 de setembro, usando o termo “prostitutas”. Ana Paula afirmou que o protesto desta quarta foi uma resposta direta a essa atitude.
No texto, a vereadora destacou que “a mentira é o método da extrema direita” e classificou como falsa a versão de que os manifestantes estariam protestando contra o Projeto de Lei 435/2025, que prevê multa e sanções a quem ocupar espaços públicos ou privados na capital. Segundo ela, a motivação da mobilização foi a “defesa das mulheres” e a denúncia de um comportamento que considera agressivo por parte do parlamentar.
Além da publicação escrita, Ana Paula Rocha também divulgou um vídeo em que reforça o argumento de que a manifestação não foi relacionada ao projeto em discussão, mas sim às declarações do colega de plenário. Em tom crítico, acusou Armandinho Fontoura de distorcer os fatos, de utilizar a imprensa para se vitimizar e de faltar com a verdade sobre o que aconteceu durante a sessão.
O episódio acirra o clima político no Legislativo municipal e deve seguir em debate nos próximos dias, já que envolve denúncias de agressão verbal, manifestações populares dentro do plenário e medidas de segurança adotadas pela Câmara de Vitória.