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Rafael Primo denuncia omissão em Vila Esperança e exige CPIs para investigar Vila Velha

A sessão desta quarta-feira (10) da Câmara de Vila Velha foi marcada pelo discurso inflamado do vereador Rafael Primo (PT), que voltou a criticar duramente a condução da prefeitura diante da desocupação em Vila Esperança e Vale da Conquista, além de cobrar a abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar possíveis irregularidades na administração municipal.

O parlamentar relatou ter acompanhado de perto a retirada das famílias. “Passei o dia ontem em Vila Esperança e vi muitas casas, casinhas, barracos sendo demolidos. A demolição não é só de tijolo ou de madeira, é simbólica. É o Estado sendo covarde ao permitir que isso acontecesse”, disse, apontando o prefeito Arnaldo Borgo Filho como responsável direto. “Quem abriu mão de fechar um acordo já celebrado com o dinheiro da Caixa foi o prefeito. As digitais dele estão lá. O prefeito foi omisso”, disparou.

Primo também fez questão de reforçar que o auxílio às famílias afetadas não partiu da gestão municipal, mas sim do governo estadual. “Esse auxílio saltou de 135 famílias para 393, de três meses para seis meses. Quem está colocando R$ 6 milhões para diminuir a dor desse povo não é o prefeito, é o governador do Espírito Santo. Essa conquista é do governo, não da prefeitura”, destacou.

Durante o pronunciamento, o vereador pediu respeito dentro da Casa e criticou ataques pessoais. “Não vou tolerar mentiras. Há quem diga em eventos do prefeito que vereador pediu mesada, eu não aceito isso. Estou lutando pela harmonia da Casa e mantenho o respeito, mas exijo ser respeitado também”, afirmou, deixando claro que seguirá firme em defesa das famílias atingidas.

O ponto mais forte do discurso, no entanto, foi o chamado à abertura de CPIs. Para Rafael Primo, o Legislativo precisa ter coragem para investigar com profundidade temas que considera sensíveis.

“É fundamental que essa Casa abra as CPIs. A CPI da grilagem se faz necessária. A CPI das licenças ambientais se faz necessária. A CPI dos contratos de licitação se faz necessária. São R$ 1 bilhão parados no Tribunal de Contas. Investigar não faz mal a ninguém, só a quem tem algo a esconder”.

Segundo o vereador, já existem sete votos favoráveis para dar andamento a essas investigações, mas o processo exige responsabilidade e provas concretas. “Nós vamos por luz em coisas muito obscuras de Vila Velha. Não há politicagem aqui, há compromisso até a medula óssea com a causa da moradia digna e com a transparência”, concluiu.

O pronunciamento de Primo ampliou o debate político sobre a crise habitacional e colocou novamente em pauta a necessidade de fiscalização sobre contratos, licitações e ocupações irregulares na cidade, temas que devem ganhar espaço nas próximas sessões da Câmara.

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