Uma operação realizada nesta quinta-feira (13) flagrou um abatedouro clandestino em um sítio na zona rural de Vila Velha, às margens da Rodovia ES-388. No local, equipes encontraram restos mortais de diversos animais, instrumentos usados para abate e uma produção irregular de leite.
A ação foi coordenada pelo Núcleo de Proteção Animal da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DEPMA), com apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vila Velha, da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) e da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria da Segurança Pública.
As investigações começaram após um período de monitoramento da área. Imagens captadas por drones indicaram atividades suspeitas no terreno. Durante a operação, os agentes confirmaram a presença de grande quantidade de restos de animais, entre eles, cerca de 20 crânios de bois e vacas, seis de cavalos e três carcaças de cães em decomposição.

A maioria dos ossos apresentava marcas compatíveis com golpes de machado e marreta, ferramentas que também foram encontradas na estrutura improvisada usada para o abate.
“No mesmo local, foi identificada uma linha de abate rudimentar, com vestígios de sangue recente, instrumentos cortantes e equipamentos de contenção animal, configurando a existência de um possível abatedouro clandestino. Próximo à área, também foi encontrada uma produção caseira de leite, com recipientes de armazenamento, medicamentos veterinários, antissépticos e substâncias conservantes sem procedência e sem registro fiscal, evidenciando irregularidades sanitárias e risco potencial à saúde pública”, disse o delegado Leandro Piquet, responsável pelo Núcleo de Proteção Animal da DEPMA.

Os policiais constataram ainda que resíduos e carcaças eram descartados diretamente em um curso d’água que abastece propriedades da região, o que torna a água imprópria para consumo humano e animal — situação que caracteriza crime ambiental de alto potencial poluidor.
Um homem de 48 anos foi detido e levado para a Delegacia Regional de Vila Velha para prestar esclarecimentos. Segundo a Polícia Civil, a ocorrência ainda está em andamento e somente após a finalização das oitivas, poderá divulgar mais informações sobre os procedimentos adotados pelo delegado da Central de Teleflagrante.











