Nas últimas semanas, três homens foram presos no Espírito Santo suspeitos de envolvimento com o comércio ilegal de armas de fogo. Entre eles está um empresário de 40 anos, apontado pela Polícia Civil como fabricante de armas, que registrou uma pistola em nome da esposa e foi solto após pagar fiança de R$ 30 mil.
As prisões fazem parte de uma série de ações da Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (SIAE), da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Segundo a corporação, as operações têm intensificado o combate ao comércio irregular de armamentos no estado.
O delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, titular da Desarme, explicou que o trabalho combina investigações de longo prazo com ações pontuais que ajudam a abrir novas frentes de apuração.
“Embora sejam medidas iniciais, permitiram o avanço de novas investigações”, afirmou o delegado.
Entre os casos investigados, está o de um engenheiro mecânico de 38 anos que fugiu ao perceber a chegada da polícia e abandonou uma pistola calibre 9 mm com seletor de rajadas, de uso restrito. Segundo o delegado, a prisão dele já foi representada nos procedimentos em andamento.
O empresário de 40 anos, por sua vez, foi preso em flagrante com um revólver calibre .22.
“Durante as diligências, verificou-se que ele havia obtido uma pistola calibre 9 mm por intermédio da esposa, que não tem antecedentes criminais, como forma de ocultar a propriedade do armamento. Ele foi liberado mediante fiança de R$ 30 mil”, disse o delegado.
O terceiro investigado é um ex-servidor temporário de 25 anos, alvo de busca após a constatação de que uma de suas armas havia sido apreendida com traficantes. Ele será indiciado por comércio ilegal de armas.
De acordo com o delegado, essas investigações ajudam a identificar a rota de armamentos que acabam chegando ao crime organizado.
“Os desvios cometidos por consumidores finais são uma das formas mais recorrentes de acesso do crime organizado a armamentos. A atuação integrada das unidades especializadas permite não apenas apreensões, mas também identificar as cadeias ilegais de circulação dessas armas”, declarou.











