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Preso do PCV está tentando dominar a Região 5, diz polícia

A guerra entre traficantes na Região 5 (Grande Terra Vermelha) em Vila Velha, que já tem pelo 3 mortos e vários baleados, pode ter começado a partir de uma ordem, de dentro da cadeia, de Cleuton Gomes Pereira, o “Frajola”, liderança da facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV) e identificado pelas forças da segurança capixaba em nova operação.

A Região 5 tem mais de 20 de bairros. Segundo o delegado Romualdo Gianordoli, subsecretário de Inteligência da Sesp, “Frajola” tem o controle do tráfico na maior parte, mas sempre houve resistência de Ulisses Guimarães e 23 de maio, áreas isoladas, que são do comandada pelo Terceiro Comando Puro (TCP).

Enquanto Cleuton e o PCV sempre tiveram um potencial e armas muito grande, Ulisses Guimarães e 23 de Maio têm menos armamentos. “A novidade é realmente Ulisses Guimarães e 23 de maio. Não tinham fuzis, poucas munições e armas, apesar de sempre terem dado ataques. Mas parece que estão recebendo algum aporte”.

Esse aporte, diz o delegado, vem de um racha dentro do próprio PCV. “Houve um racha, com o “Frajola” de um lado e o Sérgio Raimundo Soares, o “Serginho Cauê”, do outro lado. Ambos se intitulam PCV, mas o Sérgio assina PCV CV, mostrando união total com o Comando Vermelho. Temos chamado de PCV Vermelho. Importante falar do Cauê, um indivíduo que tem patrocinado guerras em toda a Grande Vitória. Ele tem área de domínio em Industrial, Novo Porto Canoa e outros bairros da Serra, mas se auto intitulou chefe desse PCV configuração atual e tem patrocinado guerras em vários lugares, em Cobi, Vila Velha, por exemplo, e lugares com lideranças antigas do PCV que não quiseram prestar reverência a ele”, explica.

A guerra, diz o Romualdo, sempre teve ódio e rancor, com períodos em que os homicídios aumentam, mas isso se intensificou ainda mais. “As lideranças das duas facções na regiões estão presas, do PCV e TCP. São “Frajola” e os gêmeos Lucas de Almeida Bernardo e Luciano de Almeida Bernardo, chefes em Ulisses Guimarães. Não temos duvidas que essas lideranças estão, com certeza, mandado ordem dos presídios. Tem vários indícios de que isso esta acontecendo”, afirma Romualdo.

No fim de maio aconteceu uma Operação do GAECO, a “Bastilha de Bob”, que prendeu lideranças do TCP em Ulisses Guimarães. E isso pode ter incentivado “Frajola”, mesmo preso, a tentar dominar totalmente a Região 5. “Coincidentemente, logo após essa Operação, começaram esses homicídios. O primeiro foi um duplo homicídio em 23 de maio, no dia 27 de maio”, diz o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha, Adriano Fernandes

Um membro do TCP atacava o PCV e vice-versa, fato que se prolongou em junho e julho. “Estes ataques estão ocorrendo dos dois lados, TCP e PCV. Nosso trabalho principal na Polícia Civil é investigativo, de colher elementos para colocar os autores desses crimes na cadeia e todos serem responsabilidades. Também estamos fazendo trabalho ostensivo na rua”.

No entanto, diz o delegado, a Polícia Civil tem dificuldade com a estrutura organizada dessas organizações criminosas, que usam armamentos pesados. “Está vindo armamento de fora para ajudar nesses ataques. A Inteligência, junto com a PM e a Guarda de Vila Velha, primeiro tem que prender esses criminosos e trazer paz a sociedade, que está amedrontada com a atuação dessas facções, que não matam apenas rivais, mas também atingem moradores e pessoas inocentes, como na última sexta, quando 5 pessoas foram baleadas”.

Alguns homicídios a polícia já sabe a autoria, segundo o delegado. “Carros usados nos crimes estão sendo recuperados. Ontem (15) três pessoas foram presas. A DHPP de Vila Velha prendeu um integrante do TCP em Ulisses Guimarães, com quantidade expressiva de drogas. E mais dois do PCV, com armas que foram apreendidas”.

Força Tarefa 

Na terça (15) a segurança pública deu início a uma Força Tarefa na Grande Terra Vermelha. “Nós temos o Programa Estado Presente, o governador Renato Casagrande determinou todos os esforços por parte da Segurança Pública na Região de Terra Vermelha”, diz o Subsecretário de Integração Institucional, coronel Marcio Celante.

São mais de 120 profissionais empregados por dia, do Batalhão de Missões Especiais (BME), de Missões com Cães (BAC), Romu de Vila Velha, Core, Polícia Civil e Polícia Penal., além de trabalho forte da parte da Inteligência.

“Buscamos levar essa tranquilidade. Serra, Vitória e Cariacica tiveram conflitos parecidos ano passado, a atuação da força de segurança aconteceu e não será diferente na Grande Terra Vermelha. Vamos buscar manter nosso efetivo presente como sempre fizemos e dando respostas para que a sociedade e comunidade local possam ir e vir. Estaremos lá até necessidade de término da operação, com tranquilidade nos bairros”.

O Subsecretário também afirma que a segurança pública precisa ser compreendida como um problema de todos. “É responsabilidade nossa, mas também da sociedade. A presença policial não vai resolver o problema social da comunidade. Isso tudo tem que ser agregado. Há necessidade de mobilização para que entendam que todo o serviço disponibilizado a uma comunidade, e não somente a segurança pública, tem que ser exigido diariamente e cobrado das autoridades constituídas. Da parte do governo estamos presente, fazendo a nossa parte. Mas precisa ter, por parte da sociedade, mobilização e cobrança nas questões que vão diretamente atingir a segurança e bom convívio no bairro, tendo acesso a lazer, educação. Os moradores de todos os bairros exigem e merecem”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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