O Ministério Público Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-CENTRAL), deflagrou, nesta terça-feira (20), a 2ª fase da Operação “Bastilha de Bob”, que investiga a aliança entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Terceiro Comando Puro (TCP) na região 5 de Vila Velha (Ulisses Guimarães, Balneário Ponta da Fruta e Barramares) e em São Mateus, no Norte do estado.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Vila Velha e São Mateus, além de 16 de prisão temporária, conforme decisão judicial proferida pela 6ª Vara Criminal de Vila Velha, por organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e outros crimes.
Os trabalhos de deflagração tem a participação de 102 Policiais Militares em 35 viaturas da 13ª Cia Ind., 4° BPM,10° BPM, BME e BAC, além de militares do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES.
Entenda
A investigação apura a prática de crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, organização criminosa e crimes conexos, no contexto da expansão da facção PCC em parceria com o TCP no município de Vila Velha.
O objetivo desta parceria, segundo o MPES, é o domínio territorial do tráfico e drogas. A primeira fase da operação também teve mandados de busca e apreensão e prisões temporárias contra três pessoas, integrantes do PCC e TCP, atuantes na Região 5 de Vila Velha, conforme deferido pela 6ª Vara Criminal da Comarca.
De 19 a 21 de novembro de 2024, foram apreendidos três celulares e preso de forma temporária Vitor Manoel da Silva Ferreira. No dia 29 de novembro, foram cumpridos os mandados contra Victor Hugo Cleiber Lima, oportunidade na qual foram apreendidos dois aparelhos celulares e valor em espécie.
Posteriormente, em 9 de março de 2025, no município de Domingos Martins, foi cumprido o mandado de prisão temporária do foragido da justiça Maxsuel Hipolito de Araujo, o “Bob” ou “Bob Esponja”.
“O indivíduo foi identificado como proeminente membro da facção criminosa PCC e um dos responsáveis pela aliança com o TCP na Região 5 de Vila Velha. Na ocasião ainda foram apreendidos: um documento de identificação falso; duas buchas de substância similar à maconha; quantia em espécie, bem como um aparelho de celular de propriedade do referido nacional”.
As denúncias oferecidas e os pedidos de prisão preventiva requeridos pelo Ministério Público contra Hugo e Maxsuel foram integralmente acolhidos pelo juízo criminal de Vila Velha.
Quanto a Victor, as provas arrecadadas foram encaminhadas à Promotoria de Justiça da Infância e Juventude porque os crimes foram cometidos quando ele ainda era menor de idade.
