Dois homens, de 20 e 21 anos, acusados de envolvimento no homicídio de Samuel Frota, de 27 anos, foram presos. O crime aconteceu no dia 9 de outubro de 2024, em frente a um hospital particular no bairro Jardim Camburi, em Vitória, e teve como motivação uma dívida de R$ 500 da vítima ao tráfico de drogas.
Os presos são Luís Henrique Csincsak, 20 anos, e Vinicius Vieira Marçal Júnior, 21, após investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória.
A dupla foi presa com uma diferença de 6 dias, sendo Luís no dia 6 de dezembro de 2024 e Vinicius no dia 12 de dezembro do mesmo ano. O delegado chefe da DHPP de Vitória, Ramiro Diniz, detalha o caso e explicou que a dinâmica do crime foi cuidadosamente planejada pelos suspeitos.
Segundo o delegado, Samuel foi atraído até o local do crime por Luis Henrique, que lhe ofereceu drogas a crédito. O executor, Vinícius, surpreendeu a vítima por trás e a executou com um tiro de arma de fogo na nuca.
De acordo com Diniz, a motivação do crime está relacionada a uma dívida de drogas que Samuel havia acumulado. “Ele já havia sido preso por tráfico de drogas e, desde sua soltura em julho, passou a consumir grandes quantidades de entorpecentes, além de pegar drogas fiadas de traficantes. A dívida somava cerca de R$ 500 e os criminosos decidiram matar Samuel por não conseguir pagar o que devia”.
Além da dívida, Diniz destacou que Samuel tinha um histórico criminal relevante, com passagens anteriores por tráfico de drogas e homicídios, o que, segundo ele, também pode ter influenciado a decisão dos suspeitos. “Ele não demonstrava temor algum em relação aos traficantes, o que pode ter contribuído para que os criminosos agissem com ainda mais violência”, afirmou o delegado.
A polícia obteve imagens que mostram a dinâmica do crime, levando à conclusão de que o assassinato foi planejado com antecedência. A partir de um trabalho de Inteligência, foi possível localizar e prender Vinícius em Bairro de Fátima, na Serra. Luiz Henrique se manteve em silêncio durante o interrogatório.
Ambos foram autuados por homicídio qualificado, com base em motivos torpes, como a dívida de drogas, e em circunstâncias que impossibilitaram a defesa da vítima. A polícia ainda identificou o uso de uma arma de calibre 9mm no crime, reforçando a gravidade da ação.