Uma empresa do Espírito Santo levou o prejuízo de R$1,5 milhão depois de levar um golpe durante uma compra de soja, milho e açúcar para exportação. Na casa da suspeita de aplicar o golpe, uma residência avaliada em R$ 2 milhões, a polícia encontrou relógios e carros de luxo que podem ter sido usados para lavagem de dinheiro.
Conforme a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), a apreensão ocorreu por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), na última terça-feira (18). Os mandados foram cumpridos em Nova Lima, no estado de Minas Gerais, com apoio da Polícia Civil mineira. No momento da prisão, a mulher se escondeu em um armário.
Ela seria uma das integrantes de uma organização criminosa investigada por estabelecer uma falsa empresa de exportação para praticar estelionato. Uma empresa de Minas Gerais também foi vítima.
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Segundo o delegado Brenno Andrade, a investigação começou em junho de 2023. “Se trata de uma empresa sediada em Minas Gerais e São Paulo. A empresa diz que realiza intermediação, viabilização conseguindo produtos para outras empresas exportarem, é aí que eles aplicam o golpe”, contou.
O delegado frisa ainda que depois desse fato, uma empresa do Rio Grande do Sul entrou em contato com a equipe policial informando que foi vítima da mesma organização criminosa. “Essa empresa teria sofrido um prejuízo de R$ 1 milhão”
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Brenno Andrade esclarece que a organização criminosa é bem estruturada, o que faz parecer ser uma empresa séria. “Eles possuem CNPJ, têm um local físico, site e quando o interessado queria fechar algo, eles até se encontravam fisicamente, tudo para passar credibilidade”.
Para os policiais, a suspeita, que seria uma das proprietárias, tentou explicar o “golpe” se colocando no lugar de uma vítima. “Ela disse que a vítima do Rio Grande do Sul não recebeu os produtos porque não cumpriu parte do acordo, já em relação à vítima do Espírito Santo, ela relatou que foi vítima de golpe e não recebeu o que pediu a empresa, já que ela pegava os materiais em outros lugares”.
Apesar da busca e apreensão, a mulher não foi presa. A polícia informou que as investigações vão continuar. “Vamos continuar inclusive para identificar possíveis membros. Nosso primeiro interesse era cumprir mandado e confirmar participação dela. Apreendemos os relógios, carros, telefone e documentos que vão comprovar que participava dela nos crimes. Em seguida, será apresentada ao poder judiciário”. A empresa não foi proibida de operar.