A influencer Thayná Fernandes, que está grávida, denunciou, através das redes sociais, abuso de autoridade sofrido durante uma abordagem da Polícia Militar, na última segunda-feira (2). Ela estava a caminho da Praça Augusto Rucchi com a família, quando os agentes identificaram irregularidades no transporte.
De acordo com a Polícia Militar (PMES), o motorista do veículo, tio de Thayná, transportava crianças na carroceria, prática proibida por lei por representar risco à vida.
“Ao ser abordado pela guarnição, o condutor recusou-se a obedecer às ordens dos policiais, tendo atraído uma aglomeração de pessoas, provocando tumulto no local. Para controlar a situação, diante da resistência do infrator, e garantir a integridade física das pessoas presentes, foi feito uso progressivo da força, para dispersar as pessoas que se aglomeravam”.
Segundo Thayná, no momento da abordagem, o veículo estava estacionado e as crianças estavam brincando na carroceria do carro. “Estávamos indo ao único lugar de lazer que minha cidade tem, levando as crianças no pula-pula da Lagoa Augusto Ruschi. Chegando lá, estacionamos e as crianças começaram a brincar na carroceria, eu sequer tinha visto porque estava sentada dentro do carro”.
Logo depois, ela diz, a viatura estacionou e pediu os documentos do carro. “Meu tio disse que o carro estava em dia e a CNH também, que os PMs podiam puxar a placa. Ao ouvir isso, o policial que dirigia a viatura gritou: ‘você quer me ensinar a trabalhar?'”.
Nas semanas finais da gravidez, Thayná conta que foi atingida pelo spray de pimenta duas vezes, enquanto o tio foi acertado com uma arma de choque. As crianças presenciaram toda a ação e a mulher precisou ser levada ao Pronto Atendimento da região.
O que diz a PMES?
Procurada, a Polícia Militar disse que “reforça o compromisso com a segurança pública através do policiamento ostensivo e destaca que suas ações são pautadas pela legalidade e respeito à integridade física de todos, sobretudo os mais vulneráveis, para a proteção da vida de todos os capixabas”.
Já a Polícia Civil (PCES) informa que não recebeu a ocorrência na Delegacia Regional.
