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Pandemia pode causar prejuízos na educação capixaba até 2023

Mesmo diante de uma crescente desde 2011, a educação capixaba, em razão da pandemia de Covid-19, que neste ano provocou o fechamento de escolas e a suspensão de atividades presenciais, tende a gerar prejuízos que devem permanecer até, pelo menos, 2023, ano de aplicação da avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), já que o levantamento é realizado em anos ímpares.

A divulgação do Ideb de 2019, avaliação que mede a qualidade do nível de ensino correspondente aos primeiros anos de educação escolar no Espírito Santo, e em todo o país, apontou que o estado obteve a melhor nota no ensino médio (escolas públicas e privadas) entre os estados da federação (4,8). 

Para o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, é preciso ter em mente que o Ideb irá cair no próximo ano, já que duas das principais consequências da pandemia estão relacionadas a dois componentes do índice (aprendizagem e evasão).

“A tendência é que haja prejuízo para educação pública e privada, especialmente pra pública no Saeb (prova que mede a aprendizagem em português e matemática, e é levada em consideração para o calculo do Ideb) que é esse resultado que sai no ano par, e ele vai sair em 2022, nas vésperas das eleições, com todo risco de ser politizado. Mas os resultados da pandemia pra educação vão estar refletidos lá e, quem sabe, na prova do ano seguinte”, disse o secretário.

  • Pandemia pode causar prejuízos na educação capixaba até 2023
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Destaques

Entre os principais destaques para o resultado positivo, está a aprendizagem. Em 2019, de acordo com o Ideb, o Espírito Santo esteve isolado neste componente. Assim, pela primeira vez no estado, e em todo o país, a aprendizagem capixaba alcançou nota superior a 5.

Neste caminho, a cada 100 alunos que reprovam no Espírito Santo, 90 são aprovados. Ou seja, apenas 10 reprovam ou evadem da escola. Mesmo diante disso, segundo de Angelo, o estado ainda tem espaço para subir.

Em razão desses dois componentes, a rede pública estadual de ensino capixaba registrou nota 4,6 em 2019. “Houve uma subida do Ideb total e da rede estadual, com uma subida da rede estadual de tal proporção que nos aproxima do total do território capixaba. A maior contribuição, não apenas por termos absolutos, mas em termos relativo, a maior contribuição foi da rede pública estadual”, explica o secretário de Estado da Educação.

Desafios

Ao analisar um ranking nacional do Ideb, é preciso ter em mente que cada estado tem desafios próprios. No entanto, em 2020, a pandemia se tornou um único desafio que prevalece entre todos. Com isso, desafios novos, atuais e antigos podem sem juntar e, diante das consequências na educação, agravar ainda mais o cenário.

Para de Angelo, o estado, no momento, tem um desafio em particular que ao mesmo é coletivo: a cultura da reprovação. “Sobre a questão da reprovação, que nós devemos olhar com atenção. É algo nosso, e diz muito a respeito a nós. Pensando na aprendizagem, temos desafios não só nossos, mesmo o Espírito Santo estando na liderança do país na aprendizagem. Preciso reconhecer que este português e matemática, que é liderança, não são os adequados aos nossos alunos”, ressaltou o secretário de Estado da Educação.

Junto disso, o governador, Renato Casagrande (PSB), destacou outro desafio principal no pós-pandemia. “O desafio nos pós-pandemia é resgatar os alunos que, por razões diversas, se afastaram da escola e romperam o vínculo numa hora como essa, que não temos aulas presenciais. Muitos desses alunos se mudam, passam a ter outras atividades. É uma busca ativa pra que se possa colocar esse aluno pra dentro da escola novamente. Vai ser muito importante”.

Dessa forma, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) busca, por meio de um monitoramento através do programa Todos na Escola, a busca pelo aluno que evadiu. Além disso, diversas ações pedagógicas para recuperar a aprendizagem dos alunos estão sendo estudadas, com a finalidade de prepara-los para 2021, ano em que será realizado o próximo Ideb.

Matheus Passos
Matheus Passos
Graduado em Jornalismo pelo Centro Universitário Faesa, atua como repórter multimídia no ESHoje desde abril de 2021. Atualmente também apresenta e produz o podcast ESOuVe. Ingressou como estagiário em junho de 2019. Antes atuou na Unidade de Comunicação Integrada da Federação das Indústrias do Estado (Findes).

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