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Pandemia faz aumentar demanda por segurança privada

Durante a pandemia do novo coronavírus, que já perdura mais de um ano, as tentativas de roubos e furtos a determinados estabelecimentos como academias, pontos comerciais e restaurantes apresentou um aumento significativo. Essa pelo menos foi a impressão de vigilantes que trabalham no setor de segurança privada, um serviço considerado essencial durante o período de isolamento e distanciamento social de acordo com decreto editado pelo Governo Federal.

Com muitos desses estabelecimentos fechados para tentar se evitar a propagação do vírus, os trabalhadores relatam o aumento pela demanda de trabalho. Isso se dá pelo fato de esses locais demandarem mais segurança enquanto não funcionam e, consequentemente, estarem mais expostos aos crimes durante o período de fechamento.

Além disso, esses funcionários também relataram sentir medo pela exposição ao vírus, por estarem na linha de frente e, por muitas vezes, fazerem o trabalho de segurança em locais como hospitais e clínicas médicas, por exemplo.

Sandro Meira, que faz trabalhos de vigia como freelancer em diferentes empresas de segurança privada, relatou ao ESHOJE que esses locais adotaram medidas distintas quando o assunto é a segurança sanitária. Ele atua no ramo há mais de 15 anos.

“Alguns locais adotaram medidas bastante seguras durante a pandemia e isso acaba diminuindo um pouco o medo da infecção. Há empresas que realizaram testes nos vigias e também ofereceram equipamentos como máscaras e álcool em gel. Além disso também é importante o nosso próprio cuidado de sempre tentar manter uma distância segura de outras pessoas e lavar as mãos. Mas também tinha empresas que simplesmente ‘jogavam’ a gente para trabalhar sem oferecer nenhum tipo de equipamento. Mas a necessidade faz a gente se expor”.

Pandemia faz aumentar demanda por segurança privada

Condomínios

Em condomínios residenciais, ao contrário da percepção dos trabalhadores em relação ao aumento da criminalidade em estabelecimentos comerciais, a impressão foi de maior tranquilidade. Paulo Amaral Pacheco, que faz a segurança de um condomínio em Vila Velha, afirma que o fato de as pessoas passarem mais tempo em casa inibe a tentativa de crimes.

“Muito gente acabou ficando no home office, sem sair de casa e isso dificulta a ação dos criminosos. Com a pessoa passando quase todo o seu tempo em casa, gente que age de má fé acaba não conseguindo ter oportunidade de praticar esses roubos, isso acabou até facilitando nosso trabalho”.

Além disso, ele também destaca algumas ações que as próprias empresas de segurança tomaram durante a pandemia para inibir tanto o risco de crimes, quanto o de contágio pelo vírus. “Além de aumento muito grande nas câmeras de segurança e videomonitoramento, muitos condomínios acabaram reduzindo o trabalho de porteiros, por exemplo, com a tecnologia. Como uma forma de evitar a exposição dessas pessoas, e também o contato com os moradores, muitos prédios e condomínios colocaram um sistema de biometria em suas entradas, com os próprios moradores fazendo esse papel de abrir”, finaliza.

Tentativas de invasão e furtos

Os Sindicatos das Empresas de Segurança Privada do Estado do Espírito (Sindesp) e dos Empregados nas Empresas de Segurança e Vigilância em Geral da Região Metropolitana de Vitória no Estado do Espírito Santo (Sindseg-ES) não se pronunciaram.

Dados de algumas empresas de segurança privada, entretanto, mostram o aumento na tentativa de furtos, conforme relatado pelos profissionais que atuam no setor. Um relatório da Alcatraz Segurança Privada, por exemplo, apontou que o número de tentativas de invasão para furtos e roubos a patrimônios, quadriplicou se comparado ao período antes da pandemia.

Além disso, dados do Grupo GR, uma empresa de segurança privada de São Paulo, mostram um aumento no faturamento da empresa no ano de 2021, o que comprova uma maior demanda por serviços decorrente do aumento do número de crimes.

Os números da empresa mostram que o aumento da demanda pelos serviços de segurança em locais como como hospitais, clínicas, condomínios-clubes, centros logísticos, indústrias farmacêuticas e hipermercados culminaram em um crescimento de 4,84% no faturamento da empresa. Apesar de estar localizada em São Paulo, o estudo aponta que o crescimento foi em âmbito nacional, ou seja, inclusive no Espírito Santo.

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