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Não temos nenhuma situação que indique reinfecção pela Covid-19 no ES, afirma subsecretário

O Espírito Santo, até o momento, já teve 21 possíveis casos de reinfecção do novo coronavírus (Covid-19), que representam 0,01% dos mais de 103 mil casos registrados do Painel Covid-19, do Governo do Estado. Desses, apenas quatro foram avaliados, sendo três descartados pela análise das amostras realizada em duas etapas e um inconclusivo, que será direcionado para outro laboratório de referência, com o intuito de confirmar ou não a reinfecção. 

Um desses casos é da fisioterapeuta Cristiane Trancoso, 29 anos, que foi testada como positivo para a Covid-19 no início da pandemia, em março, e meses depois, em junho, apresentou sintomas um pouco mais agravantes da doença, como como dores no corpo, quadro febril, perda de olfato e paladar.

“Provavelmente o primeiro teste foi positivo apenas pelo contato com o vírus, mas não chegou a atingir meu organismo. Da segunda vez, eu apresentei os sintomas, mas agora estou bem. Como ainda não há comprovação da possibilidade de reinfecção, acho que não pego de novo”, explicou.

Os outros 17, por sua vez, não foram investigados e avaliados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) pela falta de material biológico nos dois exames, o que impossibilita a apuração. Mesmo assim, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirma que no estado não existe situação que indique casos de reinfecção pela Covid-19

No entanto, até o momento, não se sabe, ainda, se quem já pegou o novo coronavírus pode se infectar novamente. Ou seja, todo cuidado é pouco. De acordo a infectologista Rubia Miossi, o que se tem, atualmente, são estudos realizados no exterior, sendo que nenhum dos possíveis casos documentados no Brasil foram concluídos como reinfecções de fato. 

“Pra eu dizer que o vírus é viável eu preciso fazer uma cultura de células com o vírus e ver se ele se multiplica, sendo que quando isso acontece eu consigo provar que o RNA no exame é de fato viável e não só um material genético. O que a gente tem visto é que pessoas ficam com bastante tempo com o PCR (exame para identificação do novo coronavírus) positivo, por até três meses, e até os órgãos internacionais não recomendam que seja repetido esse exame PCR com a finalidade de dar alta para o paciente em isolamento”, explicou a infectologista. 

Dessa forma, segundo Reblin, é preciso que o vírus seja encontrado positivo num determinado período e, também, depois de 30 dias, por exemplo, positivo novamente. Assim, o sistema consegue identificar essa pessoa e lançar a possibilidade de reinfecção. “Feito isso o Lacen identifica esses exames e o material, e avalia do ponto de vista técnico se existe a possibilidade de que aquele determinado caso poderia representar um caso de reinfecção”. 

Na última semana, a Sesa esclareceu, em nota, que relatos de reinfecção já estão previstos na literatura sobre a Covid-19. Isso, no entanto, não significa uma regra e nem que de fato os casos de reinfecção irão acontecer. Por outro lado, nos outros coronavírus que já circularam, ou circulam, a imunidade dura em média 90 dias. 

“Isso é o que a gente já conhece, porque os outros coronavírus são humanos e o novo coronavírus é um pouco diferente, sendo que se for comprovado como os parentes distantes, pode ser que tenhamos essa questão”, disse, esclarecendo que ainda não foi comprovado e por isso ainda não é previsto. 

Cenário

Diante disso tudo, o subsecretário em Vigilância em Saúde explica que a pandemia está em fases distintas no Espírito Santo. Na região Metropolitana, por exemplo, onde a pandemia começou primeiro, o número de casos e mortes apresentam uma redução significativa. Nesse mesmo caminho está a região Sul, que de acordo com Reblin, apresenta uma “redução bem estabelecida”. 

Na região Norte e Central, por outro lado, o número de casos e óbitos está em estabilidade. Mesmo diante desse cenário, o estado ainda tem um número alto de óbitos que são apurados em média por dia. Nesta quarta-feira (19), por exemplo, foram registrados mais 1.216 casos e 26 novas mortes

“Em setembro teremos uma redução significativa de casos e óbitos, mantida as atuais tendências e não havendo uma reversão do comportamento da sociedade. As pessoa precisam continuar tomando cuidado com o vírus que está circulando entre nós, com o uso da máscara, manter o distanciamento se tiver necessidade de sair, para não ter um retorno de casos no estado e superlotar os hospitais”, ressaltou Reblin.

Matheus Passos
Matheus Passos
Graduado em Jornalismo pelo Centro Universitário Faesa, atua como repórter multimídia no ESHoje desde abril de 2021. Atualmente também apresenta e produz o podcast ESOuVe. Ingressou como estagiário em junho de 2019. Antes atuou na Unidade de Comunicação Integrada da Federação das Indústrias do Estado (Findes).

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