A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) fez com que pessoas mudassem a rotina de trabalho. No entanto, serviços essenciais, como supermercados e farmácias, não puderam parar e junto deles os trabalhadores.
Segundo o conselheiro do CRM-ES (Conselho Regional de Medicina do Estado do Espírito Santo) e médico do trabalho, Juliano Pina, existe uma série de recomendações a partir dos riscos em que os trabalhadores se submetem.
A primeira delas, para um trabalhador que se queixa de sintomas no ambiente de trabalho, como tosse, febre, cansaço e dificuldade para respirar (em casos graves), é procurar o médico do trabalho. “Ele vai avaliá-lo, e estar orientado as condições de atendimento para evitar exposições. Avaliando um quadro suspeito de síndrome gripal ou Covid-19 a orientação é a de fazer o isolamento domiciliar por 14 dias”, disse.
A partir da recomendação médica, que tem como intuito evitar a ida de trabalhadores à unidades de saúde e consequentemente ficar mais exposto ao vírus. Porém, o médico ressalta que orientação não é determinação, e com isso, “o médico do trabalho tem prerrogativas de avaliar o paciente e dependendo do um atestado tem autonomia diante de um exame clínico”.
A partir daí, o médico do trabalho, que segundo Pina tem uma maior proximidade com o trabalhador pode entrar em contato e realizar um acompanhamento constante dos sintomas e da evolução do quadro de saúde. “De acordo com o relato do trabalhador iremos agendar uma reavaliação para olhar se há necessidade prolongar. Já tendo em vista a confirmação da Covid-19 eu prefiro que ele mantenha o isolamento, pois não quero expor ele, nem os colegas e clientes”, ressaltou.
Em casos graves, Pina orienta que o atendimento deve gerar um encaminhamento à um dos hospitais de referência ao combate à Covid-19 no Espirito Santo.