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Lockdown: ES não tem mais profissionais de saúde, alguns equipamentos e medicamentos

Lockdown: ES não tem mais profissionais de saúde, alguns equipamentos e medicamentos“Para abrir o comércio, as pessoas têm que abrir mão do lazer”. Essa foi a fala do governador Renato Casagrande, durante pronunciamento feito na manhã desta quarta-feira (3) no qual assinou o decreto sobre o Diferimento do ICMS nas importações do milho. O governador reiterou a necessidade de reduzir a interação das pessoas para conter a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Espírito Santo, e para que o comércio possa ter condições de funcionar minimamente.

Sem que os capixabas cumpram com a responsabilidade pessoal de manter o isolamento (que na segunda-feira chegou ao índice de 47%, sendo o ideal, pelo menos 55%, de acordo com o Secretário de Saúde, Nésio Fernandes) a medida do lockdown tenderá a ser adotada o quanto antes, já que poderá acontecer quando a ocupação geral de leitos de UTI chegar a 90% (risco extremo) – atualmente é de 82,43% no Estado.

“É preciso reduzir interação. Precisamos proteger as pessoas, tanto em relação ao sistema de saúde e também na economia. Lógico que o nosso limite é sempre leito de UTI, e quando chegarmos, então a atividade comercial e de serviço param durante 15 dias. Se passarmos de 90% dos leitos ocupados. Alguns municípios entrarão em fechamento total das suas atividades”, afirmou o governador.

E chamou os cidadãos capixabas à responsabilidade: “Dependemos das pessoas em reduzir a interação. Tem gente que não deixa de ir à praia, à casa de campo, restaurante… isso atrapalha a abertura do comércio. Se quiser que atividade econômica funcione minimamente, as pessoas têm que abrir mão do lazer. Vejo muita gente com salário garantido no final do mês defendendo comércio fechado, mas fim de semana tá na praia. É muito bonito isso, sem abrir mão do lazer. É preciso compreender que cada um tem responsabilidade nisso”.

“Temos dificuldade de abrir mais leitos de UTI”

Renato Casagrande informou que, no mês de maio, a receita do estado reduziu na ordem de 30%. Apesar disso, foram 650 leitos de UTI abertos para o tratamento exclusivo da Covid-19.

“Fizemos uma abertura gigantesca de leitos para Covid. Abrimos até agora 650 leitos de UTI só para Covid. Esforço grande nosso, mas chegamos no limite porque não temos mais profissionais de saúde, alguns equipamentos, medicamentos. Não temos mais. Não tendo mais, ficamos com dificuldade de abrir mais leitos de UTI. Então é preciso reduzir a interação”.

Com Covid-19, mãe de Casagrande recebe alta

No pronunciamento, o governador também informou que sua mãe, Anna Venturim Casagrande, de 87 anos, recebeu alto do hospital na manhã desta quarta-feira (3), após sete dias de internação em decorrência da Covid-19, e agora irá cumprir o isolamento em casa. Amanhã será o dia do próprio governador receber alta, após 14 dias de contágio.

Decreto reduzirá custo de produtores rurais e manterá empregos

O pronunciamento de Casagrande teve o objetivo de assinar o decreto sobre o Diferimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) nas importações do milho, o que reduzirá custos para produtores de proteína, sobretudo frangos e suínos, que dependem do milho para produção da ração.

“Sabemos que o estado não tem produção de milho suficiente para atender demanda de produtores de proteína para produção da ração. Diferir o ICMS do milho é quase uma isenção. Não tem cobrança na entrada ICMS, que é pago só quando o produto for vendido no final, sem nenhum acrescimento. Não haverá cobrança de ICMS na importação milho”, explicou o secretário de Estado da Fazenda, Rogélio Pegoretti.

Outra medida que foi publicada no diário oficial desta quarta-feira é uma portaria da Secretaria da Fazenda que visa a maior competitividade da indústria local de carne. Pela medida, não será mais permitido o credenciamento com o substituto tributário na compra de carnes de fora do estado.

“As empresas que trouxerem carne de fora do Estado precisarão pagar a substituição tributária antecipadamente, na entrada do produto aqui no Estado. Isso dará maior competitividade aos nossos frigoríficos, nossa produção local, haja vista que temos cerca de 50% de capacidade ociosa nos nossos abatedouros. E, com essa ação, vamos aumentar a competitividade da indústria local para reduzir essa capacidade ociosa”, explicou o secretário.

 

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