No mês de maio é intensificada a educação no trânsito com a campanha “Maio Amarelo”. Mesmo assim, nem todas as pessoas seguem à risca e acabam marcando negativamente famílias como as do casal Kelvin Gonçalves dos Santos e Brunielly Oliveira, de 23 e 17 anos, respectivamente.
Nesta sexta-feira (22), um ano se completa da trágica morte dos jovens, após dois carros, que disputavam um “racha” em alta velocidade, atingirem a moto em que eles estavam na Terceira Ponte (sentido Vila Velha – Vitória), por volta da 1h30.
Os carros eram dirigidos pelo advogado Ivomar Rodrigues Gomes Junior, 34, que foi quem inicialmente atingiu a moto do casal, e o estudante de engenharia Oswaldo Venturini Neto, 22, que os atropelou após os corpos serem arremessados. .
Segundo a polícia, os acusados estavam em uma boate, em Vila Velha, e ingeriram bebidas alcoólicas, entre elas cerveja e whisky, antes do crime. Apesar de o resultado do bafômetro ter sido negativo, testemunhas comprovam que os dois estavam embriagados.
O casal namorava há aproximadamente um ano e vivia em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado. Kelvin Santos se mudou para a Grande Vitória primeiro e trabalhava como motoboy, Além disso, deixou dois filhos.
Já Brunielly havia se mudado pouco antes do acidente para a Serra. Juntos, eles estavam morando no bairro André Carloni.
Desdobramentos
Após o acidente, o advogado Ivomar Rodrigues Gomes Junior, 34, e o estudante de engenharia Oswaldo Venturini Neto, 22, se tornaram réus e foram autuados por duplo homicídio e por disputarem “racha”.
Porém, pouco mais de quatro meses após o ocorrido, em setembro, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela liberdade provisória de ambos.
Fora da prisão, eles não poderão dirigir, sair de casa à noite e só podem sair do estado se a justiça autorizar.
Expectativa
Segundo o assistente de acusação dos jovens, Siderson Vitorino, a acusação vive a expectativa de uma nova audiência ser marcada pela inclusão de testemunhas importantes no processo.
“A acusação requereu, e o juiz deferiu, a inclusão dos atendentes do Samu e dos operadores da Rodosol que deram o primeiro atendimento à ocorrência e tiveram contato com os assassinos. Trata-se de testemunhas importantes, capazes de confirmar o estado de embriaguez dos réus. Agora, a expectativa fica em torno da audiência para instrução do feito, onde serão ouvidas as testemunhas de acusação, bem como o interrogatório dos réus”, explicou.