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Infodemia: como funciona e como se proteger dela

Infodemia: como funciona e como se proteger delaA avalanche informacional e monotemática tem inundando as redes sociais, telefones, televisões, jornais e revistas. As informações possuem qualidade bastante diversa, desde mentiras explícitas até dados baseados em evidências científicas e, entre estes dois polos, inúmeras nuances.

Este fenômeno se chama infodemia, ou seja, a difusão de uma grande quantidade e variedade de informações de credibilidade diversa que prejudica o reconhecimento e a compreensão dos fatos reais, além de causar uma série de danos, tal qual a epidemia viral.

A infodemia não ocorre de forma espontânea, ela normalmente é produzida e alimentada por grupos de interesse que se beneficiam dela. Governos, empresários, grupos políticos, até mesmo outros países, buscam desestabilizar politicamente um adversário, enfraquecer a imagem de um país e de sua economia, ou simplesmente vender esse ou aquele fármaco ou produto.

Pela intensidade do atual momento, este fenômeno está mais evidente e permite compreender melhor seus mecanismos de funcionamento. O sociólogo Jeulliano Pedroso explica que a infodemia atua em situações de emoções extremas, ansiedade e medo no caso da saúde, paixões e hooliganismo no caso de eleições.

“Mensagens de fácil compreensão, com encadeamento lógico e simples, causam proliferação de fakenews e desinformação. Normalmente as mensagens se valem de memes ou frases de efeito, de compreensão quase que imediata, capacidade restrita de verificação, citam algumas vezes cientistas desconhecidos e podem elaborar conspirações”.

Estes elementos caracterizam uma infodemia, mas são típicos também das chamadas guerras psicológicas muito utilizadas pelo exército americano e pela CIA. É uma estratégia de inserir muito ruído para desviar a atenção das pessoas da comunicação verdadeiramente relevante. “A preocupação com a desinformação é tão grande que os maiores geradores de conteúdo – Google, Facebook e Twitter – já adotam estratégias de checagem de informações e de alertas aos seus usuários”.

Como se proteger

De alguma forma as pessoas já estão encontrando estratégias para se proteger e a principal delas é examinar informações de meios confiáveis, cuja notícia foi checada.

A pesquisa do Datafolha, divulgada em março, aponta que as pessoas entrevistadas confiam mais nos Jornais de TV (61%) e Jornais impressos (56%), seguido por Rádios (50%) e Sites de Notícia (38%). Apenas 12% das pessoas confiariam em informações vindas de redes sociais. “Estes dados são confirmados pelo Kantar Ibope, que demonstra que o Jornal Nacional da rede Globo atingiu picos de audiência que não alcançava nos últimos oito anos. Já a Globonews saltou da sétima posição para a primeira na audiência dos canais por assinatura, segundo o Painel Nacional de TV (PNT)”.

“Precisamos compreender que aquela mensagem de Whatsapp, aparentemente inofensiva, de fato não é inofensiva. Nesta era de abundância de informação é nossa responsabilidade separar o joio do trigo, filtrar as informações recebidas e ter o senso crítico sempre ativo”, finalizou Jeulliano Pedroso.

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