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Gestantes e lactantes que tomarem vacina contra a Covid-19 devem continuar a amamentar

Gestantes e lactantes do grupo de risco à Covid-19 que trabalham em hospitais ou tenham doenças crônicas podem tomar a vacina contra a doença e devem continuar a amamentar seus bebês. A recomendação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Frebasgo) e de diferentes especialistas é destacada pela pediatra e coordenadora da Linha Assistencial Materno Infantil da Maternidade Unimed Sul Capixaba, Grazielle Grillo.

Segundo a médica, apesar de ainda não haver pesquisas sobre a vacina em gestantes e lactantes e a segurança e a eficácia nesse público ainda não ter sido testada, estudos em animais não demonstraram risco de malformação no feto. Por isso, a decisão sobre tomar ou não a vacina deve ser feita em conjunto com um médico especialista, que irá avaliar os riscos e os benefícios de acordo com cada caso.

Assim como as gestantes e lactantes vacinadas, mulheres que estão com Covid-19 também devem realizar o aleitamento. “Até o momento, não foi encontrado o coronavírus excretado no leite materno. Então, mesmo se a lactante estiver doente, ela pode amamentar. Caso ela tenha recebido a vacina, é mais um motivo para continuar o aleitamento”, explica Grazielle Grillo.

A pediatra pontua que a amamentação ainda pode imunizar a criança. “Assim como ocorre em outras vacinações, acredita-se que o leite de mães lactantes vacinadas pode excretar anticorpos gerados pela vacina na forma de  imunoglobina A (IgA), o que protegeria a criança da Covid-19.  O aleitamento materno também melhora a digestão e minimiza as cólicas, reduz o risco de doenças alérgicas, estimula e fortalece a arcada dentária, previne problemas de fala e proporciona o vínculo entre mãe e filho. Além disso, o leite materno é o alimento mais completo para o bebê”, afirma.

Grazielle Grillo enfatiza que ambas as vacinas que estão sendo aplicadas no País, a Coronavac e a de Oxford, não utilizam vírus vivos, mas sim o vírus inativado e o vetor viral não replicante, respectivamente, não podendo deste modo causar a Covid-19 na pessoa vacinada. Outras doenças que utilizam tecnologias semelhantes e já fazem parte do calendário das gestantes são as vacinas de tétano e influenza.

Já imunizações com o vírus atenuado, isto é, enfraquecido, como é o caso da vacina contra a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), não deve ser aplicada em gestantes e lactantes, por haver risco na formação do embrião.

“Desde que o novo coronavírus foi descoberto, recomenda-se a manutenção da amamentação, pois o vírus não foi detectado no leite materno. Então, o recado que fica é de que não se deve parar de amamentar por causa da vacina. O benefício do aleitamento materno para a criança é muito maior”, completa a coordenadora da Linha Assistencial Materno Infantil da Maternidade Unimed Sul Capixaba.

Caso ocorra alguma adversidade com a vacinação contra a Covid-19 em gestantes e lactantes ou com os recém-nascidos, a situação deverá ser notificada no sistema de notificação e-SUS como erro de imunização, para controle e monitoramento de eventos adversos.

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