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Tuberculose: saiba quais são os sintomas e como tratar

O mês de março é dedicado ao combate à tuberculose, uma doença de fácil tratamento após o diagnóstico, mas que precisa ser levada a sério, pois, em caso de complicações, pode levar à morte.

A tuberculose já foi conhecida como a doença dos poetas e dizimou nomes importantes da história do Brasil, como Dom Pedro I, Cassimiro de Abreu, Noel Rosa, Sinhô, Manoel Bandeira, José de Alencar, entre outros.

No Espírito Santo, até fevereiro deste ano, foram registrados 305 casos da doença. No Brasil, mais de 4 mil mortes são registradas anualmente e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10 milhões de pessoas adoecem de tuberculose por ano em todo o mundo.

A maior causa dos óbitos é a falta de continuidade no tratamento. A doença já foi retratada até em novela, como Cabocla (2004), onde o personagem principal conhece sua amada ao ir passar um tempo na fazenda de familiares por estar com a doença. Na trama, o personagem conseguiu se curar, graças ao ar puro, alimentação de qualidade e o amor da moça.

Mas na realidade, a doença matou e pode continuar matando, caso o paciente não compareça à Unidade de Saúde mais próxima de sua casa para fazer exames clínicos.

De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesa), a tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis originados das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse de pessoas com a doença ativa (pulmonar ou laríngea). Ao espirrar ou tossir, partículas são lançadas contendo os bacilos. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.

O estado acompanha os casos de tuberculose e os resultados mostram que os casos não aumentam desordenadamente, mas não diminuem. Em 2024 (1.952); em 2023 (1.838); em 2022 (1.625); 2021 (1.383) e em 2020 (1.261). Quanto ao número de óbitos, os números também estão crescendo com 84 óbitos em 2020, 103 em 2021; 115 em 2022; 134 em 2023; 142 em 2024 e até fevereiro deste ano, cinco óbitos.

Os sintomas da doença são tosse há mais de três semanas, febre no fim do dia, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço e dor no peito. Esses sinais são importantes indicadores, especialmente se combinados, pois a tuberculose pode progredir e se tornar grave sem o tratamento adequado.

Nesse momento surge um inimigo silencioso: o preconceito. Apesar de ser uma doença com tratamento, muitas pessoas temem ser apontadas como um doente contagioso. E se não buscar tratamento, infelizmente será um foco da doença.

A porta de entrada para o diagnóstico e o trato da doença é na Atenção Primária à Saúde (APS) e o cidadão pode se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para a realização dos primeiros atendimentos e direcionamento ao tratamento, de acordo com a especificidade de cada caso, sempre com acompanhamento contínuo para garantir a adesão ao tratamento e evitar a propagação da doença.

Em Vitória, a Secretaria Municipal (Semus) informa que todas as 29 Unidades de Saúde (US) realizam o diagnóstico da tuberculose. A referência municipal é a US de Itararé. Além disso, três unidades básicas realizam o tratamento. Todas as unidades possuem insumos para realizar o diagnóstico e o exame fica pronto em até 24 horas, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Os medicamentos para o tratamento estão disponíveis na rede municipal de saúde.

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