Sete cardeais brasileiros podem participar do Conclave para a eleição do novo Papa; Sérgio da Rocha, Jaime Spengler, Odilo Scherer, Orani Tempesta, Paulo Cezar Costa, Leonardo Steiner e João Braz de Aviz, que foi nomeado pelo Papa João Paulo II, em 6 de abril de 1994, como bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória.
Aviz ficou em Vitória por 4 anos, quando foi nomeado bispo da Diocese de Ponta Grossa – Paraná – até 2003, quando foi sucedido por dom Sérgio Arthur Braschi. Em 17 de julho de 2002, foi elevado a arcebispo para a Arquidiocese de Maringá (PR) onde tomou posse no em 4 de outubro daquele ano.
Dom João chegou em Brasília no dia 28 de janeiro de 2004 para ser arcebispo, tomando posse no dia 27 de março, sucedendo o cardeal José Freire Falcão. Foi eleito presidente do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2007.
Nascido em Mafra, Santa Catarina no dia 24 de abril de 1947, é um dos oito filhos de João Avelino de Aviz e de Juliana Hack de Aviz. Além dele, o irmão José Amauri de Aviz (1946-2018) foi sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana. Na infância, a família foi para a cidade de Borrazópolis, no Paraná. Aos 11 anos, no dia 21 de abril de 1958, ingressou no Seminário São Pio X, dos padres do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, em Assis, interior de São Paulo, onde os seminaristas menores da Diocese de Londrina estudavam.
Aviz estudou Filosofia na cidade de Curitiba, no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, e na cidade de Palmas, Paraná. Depois de formado, seguiu para Roma, onde cursou faculdade de Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana. O cardeal João é prefeito emérito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano. Foi nomeado cardeal em janeiro de 2012, após ser nomeado pelo Papa Bento XVI.
Sacerdócio
De volta ao Brasil, foi ordenado padre por Dom Romeu Alberti, no dia 26 de novembro de 1972, na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Lourdes. Enquanto padre, exerceu alguns cargos pastorais, como pároco, diretor espiritual e reitor do Seminário Maior de Apucarana de 1984 a 1985; e de Londrina em 1986 a 1988.
Também foi diretor espiritual do Seminário do Ipiranga, em São Paulo; membro do Conselho de Presbíteros, do Colégio de Consultores e Coordenador geral de pastoral da Diocese de Apucarana. De 1989 a 1992 fez o doutorado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma. Nos anos de 1992 a 1994 foi reitor e professor de Teologia Dogmática no Instituto Paulo VI, de Londrina, e pároco da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora de Lourdes.
Episcopado
Em maio de 2010, Aviz esteve à frente da organização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, que aconteceu em Brasília, ano do cinquentenário da capital federal.
Cúria romana
Em 4 de janeiro de 2011, Aviz foi nomeado pelo Papa Bento XVI como prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano. Foi o quarto brasileiro a chefiar um departamento do Vaticano.
Em 6 de janeiro de 2012, o Papa Bento XVI anunciou a sua criação a cardeal. No Primeiro Consistório Ordinário Público de 2012, realizado no dia 18 de fevereiro, recebeu o barrete cardinalício e o título de cardeal-diácono de Santa Helena fora da Porta Prenestina, na Basílica de São Pedro, pelas mãos do santo padre.
Durante o conclave papal de 2013, Aviz foi mencionado como um possível candidato ao papado. Na época, era o brasileiro que ocupava o cargo mais alto na estrutura de poder da Santa Sé. No entanto, os cardeais designaram para o posto o Papa Francisco. No mesmo ano, o Papa Francisco nomeou Aviz como membro da Congregação para os Bispos. Em 2019, Aviz foi designado pelo Papa Francisco como presidente delegado do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica.
Em 4 de março de 2022, durante Consistório para canonizações, realizou o optatio e passou para a ordem dos cardeais-presbíteros, mantendo sua diaconia pro hac vice.
Em janeiro de 2025, após 14 anos à frente do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica, foi sucedido no cargo por Irmã Simona Brambilla. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressou gratidão por seu serviço, destacando sua dedicação à vida consagrada e seu estilo pastoral marcado pela simplicidade. Aos 78 anos, ultrapassando a idade de aposentadoria recomendada para cargos na Cúria Romana, concluiu sua gestão sendo reconhecido por sua atuação na Santa Sé.
Os sete cardeais brasileiros estão na lista do Vaticano para participar do conclave:
- Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos;
- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos;
- Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos;
- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos;
- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos;
- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos;
- Sérgio da Rocha, primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.