Dólar Em baixa
5,670
21 de março de 2025
sexta-feira, 21 de março de 2025
Vitória
24ºC
Dólar Em baixa
5,670

Enxame de abelhas chama atenção em praia de Guarapari; saiba o que fazer em caso de ataques

Curtir uma praia no final de semana é a escolha de muitas pessoas, mas o que era para ser só um descanso, virou quase um pesadelo para um banhista, em Guarapari, no último sábado (14). Enquanto relaxava, um enxame de abelhas se formou em uma cadeira de praia.   A cena que chamou atenção aconteceu na orla da Praia da Areia Preta.

A parte superior da cadeira ficou completamente coberta pelas abelhas. A especialista e professora do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Tânia Mara Guerra, fala sobre o que pode ter ocasionado o fato.

O que pode ter causado a presença do enxame? 

A professora destaca que existem dois motivos para a formação de enxames em Apis mellifera, que é o tipo de abelha encontrada na cena. “Normalmente é devido ao amadurecimento de uma (nova) princesa, que se retira do ninho original e é seguida por parte das abelhas da colmeia. O outro motivo é o enxame de abandono, que é motivado por algum fator externo, tal como seca, falta de plantas alimentares, predação, desmatamento e queimada. Nesse último caso, todas as abelhas se retiram”, disse.

Tânia Mara Guerra, que atua com biologia floral, ecologia da polinização e o papel das plantas nativas e exóticas na manutenção das abelhas, reforça que nessa época de estiagem, o mais comum é o enxame de abandono. “Isso ocorre devido à falta de água, de plantas com flores, à demanda por alimento de todos os animais, inclusive os predadores, à retirada da planta (ou outro substrato) onde elas estavam instaladas e à ação do fogo”, explicou.

Em uma imagem que circulou nas redes sociais é possível ver a movimentação das abelhas. A especialista conta que neste momento o melhor é se afastar, pois a pessoa corre o risco de ser ferroada.

“No vídeo é possível ver a movimentação delas, umas sobre as outras, para checar o bem estar de cada uma delas, mas também perceber o nível de estresse do grupo. Por esse motivo, costumam ser muito reativas a aromas, sons e movimentos. Então, ao observarmos um enxame, devemos evitar qualquer aproximação. Isso porque, como essa espécie tem ferrão, ele será usado para a defesa por todos os seus integrantes. E, uma vez que uma abelha ferroe, várias delas serão atraídas para perto dessa primeira e ferroarão também”, contou.

A professora relata ainda que, além da ferroada, há a inoculação de uma toxina que pode causar dor e até mesmo reações alérgicas variadas. “Isso é, pessoas muito alérgicas terão reações de edemas e até outras mais graves com a ferroada de uma única abelha. E pessoas pouco alérgicas podem entrar em choque, se forem ferroadas por muitas abelhas. Nesse momento de enxameação, não se deve ficar filmando ou fotografando o enxame. Isso porque nesse momento, as abelhas estão muito atentas e vulneráveis”, alertou Tânia.

Ferroada de abelha 

A especialista destaca que uma vez que seja iniciada a defesa do enxame, as pessoas têm que proteger a cabeça e o pescoço, e tentar se afastar ao máximo do enxame. E ao ser ferroado, deve-se buscar o serviço de saúde mais próximo, principalmente se notar algum inchaço acentuado nos locais onde houve a ferroada.

De acordo com a direção do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Espírito Santo (CIATox-ES), os acidentes com abelhas costumam ser frequentes e, em geral, têm curso benigno. Entretanto, pacientes com hipersensibilidade intensa ou sob ataques maciços por estes insetos, podem evoluir para quadros graves.

Em caso de picada, a CIATox-ES ressalta que é recomendável acalmar a vítima e encontrar o local da picada. 

A equipe disse ainda que é necessário realizar à retirada do ferrão, caso esteja presente. É importante que a retirada seja feita com aplicação de manobras de “raspagem” do local, com as costas de uma faca sem ponta. Isso porque a retirada puxando-se o ferrão pode fazer com que o veneno se espalhe mais facilmente e piore os sintomas;

É necessário ainda lavar bem o local com água e sabão e aplicar compressa gelada.

Se a vítima começar a apresentar sintomas como dificuldade para respirar, surgimento de manchas pelo corpo, febre, vômitos e prostração, leve-a imediatamente ao pronto socorro.

Medidas preventivas:

– Evite aproximação de colmeias sem estar com vestuários e equipamentos adequados;

– Evite aproximação de locais onde há grande número de vespas e abelhas;

– Barulhos, perfumes fortes, desodorantes e cores escuras desencadeiam comportamento agressivo e consequentemente ataque de vespas e abelhas.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas