Amigos e conhecidos do jovem Patrick Santos da Vitória, de 21 anos, voltaram a protestar na noite dessa terça-feira (25) na Rodovia do Sol, altura do bairro 23 de maio, em Vila Velha, pedido respostas pelo desaparecimento dele.
Na ocasião, os protestantes fecharam parte da pista da rodovia, sentido Guarapari. Mas, de acordo com a mãe, Jackeline Santos da Vitória Alves, a família não organizou esse protesto, e sim amigos e conhecidos de Patrick.
Diferente dessa, a primeira manifestação, na segunda, foi organizada por parentes e amigos da vítima. Eles usaram cartazes e fogo, pedindo pelo “corpo” do jovem. A mãe da vítima desabafou, dizendo que só quer enterrar o filho. “Quero ele com vida ou mesmo sem vida. Acreditamos que esteja morto. Mas só quero fazer um enterro digno e conseguir dormir”.
A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) diz que foi até o local do primeiro protesto dos familiares. No local havia cerca de 20 pessoas. O ato foi organizado pelo pai do jovem, que busca respostas. As vias foram obstruídas por pneus e madeiras. Não houve intervenção da PM e a manifestação foi encerrada.
Quanto ao novo protesto de noite, a PMES foi procurada a respeito da questão e a matéria segue em atualização.
Desaparecimento
De acordo com a mãe, Jackeline Santos da Vitória Alves, Patrick foi visto pela última vez em um banco 24h. “De manhã ele saiu com alguns amigos para ir à praia. Quando foi à noite, por volta das 22h, eles pararam num caixa 24h para ele sacar o dinheiro porque iam comprar bebidas. Eles estavam no bairro Barramares quando ele foi pego”.
Segundo a mãe de Patrick, ele saiu do carro, enquanto os amigos permaneceram no interior do veículo. Foi neste momento que criminosos que fariam parte do tráfico de drogas se aproximaram e colocaram Patrick em outro carro. “A amiga dele que estava junto disse que esse pessoal se aproximou e mandou eles (amigos) irem embora depressa, mas ficaram com ele (Patrick)”.
A família chegou a ligar para o telefone de Patrick algumas vezes, mas, em seguida, perderam o contato com o jovem. A região onde ele foi abordado é conhecida pelo intenso tráfico de drogas, mas a família garante que o jovem não tem nenhum envolvimento. “Ele trabalha numa empresa de chocolate de Vila Velha e não mexe com drogas”.
Depois de perder o contato com Patrick, a família registrou um Boletim de Ocorrência, mas um novo fato preocupou. Um vídeo circulou nas redes sociais mostrando o jovem em uma área de mata, sendo agredido.
“Não conseguimos falar com ele, foi pelo Instagram que vimos ele sendo torturado. Os bandidos com o pé na garganta dele, apontando a arma. Depois falaram para a gente que ele estava morto e que jogariam o corpo na maré”.