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Ufes realiza aula pública sobre Ditadura Militar nesta quinta (04)

A ditadura militar durou 21 anos, entre 1964 e 1985. João Goulart, mais conhecido como Jango, assumiu a Presidência da República em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros.

Para muitos, que viveram durante esse período da história brasileira, essa fase deveria ser ficar no passado e servir de exemplo do que não devemos fazer. Para outros, inclusive muitos jovens, esse foi um grande momento da história que deveria retornar com força total.

Na expectativa de informar, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realizará uma aula pública “Ditadura nunca mais”, no nesta quinta-feira (4), no auditório do IC II, de 18h30 às 20h, com representantes da graduação e do DCE. Em seguida, haverá exposição de pesquisadores da Ufes que estudam a ditadura militar no Brasil. O evento buscará rememorar os 60 anos do golpe militar ocorrido no Brasil.

Alguns temas serão abordados, dentre eles: Do golpe de 1964 ao AI-5; Da anistia à Constituição de 1988 e O que resta da ditadura.

A aula é organizada por dois laboratórios de pesquisa. O laboratório em História da universidade, o Laboratório de Estudos em História do Tempo Presente (Labtempo), e o Laboratório de Estudos de História Política e Intelectual nas Américas (Lehpi); pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), pelo Centro Acadêmico Livre de História (Calhis) e a Associação Nacional de História seção Espírito Santo (Anpuh-ES).

A professora Dra. Camila Bueno Grejo,  coordenadora do Laboratório de Estudos
de História Política e Intelectual nas Américas (Lehpi), fala sobre a importância desse momento para a realidade atual do país. ” Esses momentos de rememoração dos acontecimentos históricos, se convertem em instantes para repensar algumas coisas. Por quatro anos, tivemos um presidente que negou a ditadura militar e isso acendeu uma ambiguidade do que realmente aconteceu nesse período”, afirmou.

A professora destaca também que, muitas pessoas acreditaram que a ditadura era uma forma de corrigir quem estava contra a ordem. “Não existe essa de que a ditadura só agia com quem merecia, sabemos que foi um golpe que gerou diversos impactos ruins para a nossa sociedade. Muitas vezes de forma romantizada pela maneira como os militares saíram do poder. Por mais que tenhamos uma nova constituição, a mais democrática possível para o momento, muitos articuladores da transição do fim do regime ditatorial para a volta da democracia, estavam envolvidas no regime anterior. E tudo isso traz marcas. Rememorar e discutir e trazer essa temática para além dos muros da universidade é cada vez mais importante, principalmente no momento que vivemos, onde temos grande acesso a informação, mas pouca transformação dessa informação em conhecimento. então no mundo de fake News, poder falar abertamente sobre a nossa história, passado, lembrando para que não se repita é importante e entendemos que é um dos papeis da universidade”, disse.

Após a fala dos pesquisadores haverá uma entrevista com Perly Cipriano – político que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT). Como militante contra a ditadura foi preso e torturado. Na carreira política, entre seus feitos estão a eleição a vereador da cidade de Vitória e entre 2011 a 2014 a atuação como Subsecretário de Estado de Direitos Humanos do Estado do Espírito Santo.

Ufes realiza aula pública sobre Ditadura Militar nesta quinta (04) Ufes realiza aula pública sobre Ditadura Militar nesta quinta (04)

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