O Brasil vive um processo acelerado de envelhecimento populacional. Segundo o IBGE, até 2030 o número de idosos deve superar o de crianças e adolescentes, exigindo mudanças na forma como famílias, comunidades e instituições se organizam. Nesse cenário, a convivência entre diferentes gerações tem se mostrado fundamental para reduzir o isolamento social e melhorar a qualidade de vida da população mais velha.
Em entrevista à Rádio ES Hoje, a gestora hospitalar e especialista em qualidade e segurança do paciente, Gabriela Taquetti, explicou que o contato entre idosos, jovens e crianças funciona como um “remédio natural”, prevenindo sintomas de depressão, ansiedade e solidão.
Para ela, momentos simples em família, atividades coletivas e políticas públicas que estimulem a participação social são fundamentais para manter os vínculos emocionais e a valorização do idoso.
Gabriela destacou ainda a importância da presença física: uma ligação ou mensagem não substitui o encontro presencial. Centros de convivência, projetos culturais, praças acessíveis e até iniciativas privadas que incentivem a inclusão do idoso no mercado de trabalho ajudam a estimular autoestima, vitalidade e motivação.
Para a especialista, envelhecer é um privilégio que deve ser celebrado com dignidade e afeto. “O isolamento adoece, mas a interação gera saúde, humor e longevidade”, afirmou.
Criar espaços de convivência intergeracional, portanto, é essencial para uma sociedade que precisa aprender a valorizar a experiência e a contribuição de quem já viveu tanto e ainda tem muito a oferecer.
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