Nesta quarta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, a presidente do Instituto das Pretas, Priscila Gama, destacou em entrevista à Rádio ES Hoje a participação da organização na COP30, realizada em Belém. Ela reforçou o papel das mulheres negras capixabas nos debates sobre clima, justiça ambiental e inovação social. Criado em 2015, o Instituto atua há dez anos desenvolvendo soluções socioambientais que conectam saberes tradicionais e tecnologias contemporâneas, com foco em territórios vulnerabilizados.
Durante a conversa, Priscila enfatizou que a participação da instituição vai além da representatividade. Segundo ela, a atuação das mulheres negras no enfrentamento às mudanças climáticas é histórica e antecede os grandes eventos internacionais.
“Representar as mulheres negras capixabas nesse momento, para mim, significa afirmar nossas histórias de dor também, mas muito mais de potência”, afirmou.
Na COP30, o Instituto apresentou práticas já desenvolvidas no Espírito Santo, conectando regeneração ambiental, desenvolvimento sustentável e impacto comunitário.
Priscila também criticou a forma como o Sul Global — incluindo América Latina, África e países do Pacífico — ainda é tratado nos espaços de decisão.
“O que falta é reconhecimento, financiamento adequado e abertura para que essas produções ocupem o mesmo lugar de legitimidade que o Norte Global”, destacou.
O Instituto das Pretas segue com projetos contínuos. Para conhecê-los, assista à entrevista completa.











