Hoje nós vamos falar de Bíblia, jornalismo e estatísticas de violência.
Nós sabemos que números sozinhos nunca podem mostrar a totalidade de uma realidade. Mas uma coisa é fato: eles não mentem. E se olharmos os números relacionados à violência urbana no Espírito Santo, eles nos mostram uma lamentável realidade de nosso Estado, mas que também é vivenciada em todo o mundo.
E, antes de tudo, é uma realidade bíblica: A palavra nos diz que “o mundo jaz no Maligno” ou “o mundo está sob o poder do Maligno” (1 João 5.9). Diz ainda que o príncipe deste mundo é Satanás (João 12.31; 14.30).
Mas diz mais ainda. No que diz respeito à antropologia bíblica, a Palavra afirma que “todos [os homens] pecaram e estão afastados da glória de Deus” (Romanos 3.23). Ou seja: todos somos pecadores.
Antes da Queda, nossos pais, Adão e Eva, viviam em um estado santo e feliz, na presença de Deus, e sem pecado. Mas quando decidiram transgredir a lei do Criador, pecaram, caíram, e em consequência disso, toda a humanidade é pecadora, nasce no pecado e é intrinsecamente inclinada ao mal. Esse é o relato a partir de Gênesis 3 e que se estende por toda a Bíblia. E só há um remédio contra o pecado descrito pela Bíblia: o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
É por isso, que os nossos melhores esforços humanos para conter a violência cotidiana, embora eles sejam necessários sim, e são louváveis, eles nunca serão suficientes, por maiores e melhores que sejam.
Pois, infelizmente a violência é inata ao ser humano caído. Sabemos que enquanto um é preso, outro é levantado; enquanto um morre, outro nasce. A não ser que o Príncipe da Paz, Jesus, decrete a verdadeira paz ao coração do pecador arrependido, a paz com Deus, a paz consigo mesmo e a paz com o próximo, o ciclo de violência infelizmente continuará até a ocasião da volta de Jesus, no Dia do Juízo, quando todo o pecado será julgado e condenado.
A partir desse dia, para aqueles que creram e receberam em sua vida Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, não haverá mais violência, mais sofrimento, mais choro, pois Deus enxugará de nossos olhos toda a lágrima, viveremos com Ele em alegria eterna, desfrutando daquele estado santo e feliz na presença de Deus de onde nunca deveríamos ter saído.
Os números
Dito isso, a nossa reflexão de hoje tem base em números, não em especulações. Em números e na área do jornalismo. Números que chegam a nós, jornalistas, todos os dias, seja através dos órgãos oficiais, seja através de denúncias em mídias não oficiais.
Eu tenho uma experiência que quando as pessoas descobrem que sou jornalista, uma pergunta recorrente é: “por que tanta violência nos jornais?”. Geralmente, apenas com dados empíricos respondo que o volume de ocorrências policiais é muito superior às informações e conteúdos gerados em outras editorias.
Não se trata de uma questão editorial – embora alguns veículos abusem, sim, disso para atrair um maior público – mas é uma questão de proporção e, até mesmo, de responsabilidade: responsabilidade em reportar o que realmente acontece no cotidiano ao público e também responsabilidade em mostrar a efetividade (ou não) dos órgãos da segurança pública em nosso Estado.

Então, para dar mais credibilidade a essa afirmativa, decidi buscar as próprias estatísticas da Secretaria de Estado da Segurança Pública para apresentar a realidade da violência no Espírito Santo – ou pelo menos a parte que os números podem mostrar dessa realidade.
Vamos lá:
Com base nos últimos dados consolidados referentes ao ano de 2024 (lembrando que esses números tendem a aumentar a partir de investigação em andamento de parte dos crimes), nós temos: 1.912 ocorrências letais no ano passado inteiro no Espírito Santo, que englobam os crimes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, confronto com a polícia, mortes no trânsito. Isso dá uma média de 5,22 crimes letais a cada dia no Estado, segundo os dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
Já os crimes contra o patrimônio, que incluem estelionato/fraude; roubo a pessoa em via pública; furto em residência e condomínio; furto a estabelecimentos comerciais; crimes informáticos; furtos a pessoa em via pública; furto em transporte coletivo; roubo em transporte coletivo; roubo em estabelecimento comercial e roubo em residência/condomínio, esses crimes totalizaram – pasmem – 77.122 ocorrências em 2024. São nada menos do que 210,71 ocorrências por dia no Espírito Santo.
Então juntando somente essas duas categorias, de ocorrências letais e crimes contra o patrimônio, são 216 ocorrências a cada dia. Isso porque aí não estão inclusos os números de violências não letais, como a violência doméstica, abusos sexuais, estupros e outras agressões das mais diversas. Só em relação à violência contra as mulheres, tivemos uma média de 60 agressões a cada dia em 2024, conforme mostramos em na edição 1016 do ES Hoje digital, de 15 de novembro de 2024.
Na nossa edição digital 1032 de 7 de fevereiro de 2025, noticiamos que são quase 4 crimes de estupro de vulnerável a cada dia no Estado.
Isso nos leva a assegurar que, tranquilamente, somando as demais as ocorrências relacionadas à violência no Estado chegamos seguramente ao patamar dos 400 casos de violência no Espírito Santo a cada dia.
Tem como não noticiar?
Diante dessa realidade, nossa pergunta ao nosso caro leitor é: tem como fechar os olhos a números estarrecedores como esses? Ainda que, por uma questão editorial, quiséssemos fechar os olhos a isso, eles bateriam à nossa porta, como já batem todos os dias com denúncias “saindo pelo ladrão” em grupos de WhatsApp.
Seguramente, nem perto dos 10% dos casos de violência são noticiados diariamente pelos veículos de comunicação no Estado. Somente isso (esses 10%) seria o suficiente para fazer um mínimo de 3 programas do Datena por dia – manhã, tarde e noite – e ainda sobraria conteúdo.
Então, não. Os jornais – pelo menos a maioria deles – não são viciados em dar notícias de violência. É que essa violência bate à minha, à sua e à nossa porta a cada dia. Se não noticiarmos, se não mostrarmos a realidade para que as autoridades saibam que a sociedade está ligada no que está acontecendo e requer soluções, essa violência só se fará aumentar, pois onde não há vigilância, a criminalidade reina.
O papel profético do Jornalismo
Esse é um ponto. Neste sentido o jornalismo faz, mesmo sem querer, um papel profético, lembrando à sociedade todos os dias que a Bíblia está certa quanto à antropologia: todos os homens pecaram e carecem da glória de Deus. Que ela está certa quanto à sua leitura do mundo: que o mundo jaz no Maligno e que o príncipe deste mundo é Satanás.

Então o jornalismo faz uma parte do trabalho. A parte de não nos deixar confortáveis neste mundo. Embora obviamente a vida seja linda em vários aspectos – e tudo isso fruto da graça comum de Deus a todos os seres humanos – é necessário que nós, cristãos, não nos sintamos tão à vontade neste mundo.
Certa vez, uma dessas pessoas que reclamou que os jornais só noticiam violência me disse: “ah, vocês poderiam falar mais de coisas boas”. Nós falamos, sim. É só olhar o jornal mais atentamente. Mas olhe os picos de audiência em qual editoria estão… E o curioso é que essa pessoa que reclamou mora em um belo condomínio em um bairro nobre, viaja pelo mundo, tem o melhor da segurança pública a protegendo (tem um padrão de vida raro entre os brasileiros). Claro que ela quer ficar confortável em sua mansão e esquecer do mau da vida.
Mas ela não reflete que o mundo dá voltas, e que essa violência pode bater na porta dela a qualquer momento e alcançar a sua família de alguma forma, se já não alcançou. Ao invés de se levantar, dar graças à Deus à condição de vida que Ele a deu, e fazer algo – que seja mínimo – para ser uma agente de transformação dessa realidade da qual ela tanto reclama, ela quer fechar os olhos aos fatos do mundo. É assim que a maioria das pessoas vive ou quer viver, infelizmente.
Como nós dissemos, o jornalismo faz uma parte do papel. Ele mostra, neste caso, a realidade do pecado. Ele dá a notícia ruim. Mas ele não faz o mais importante de tudo, que é dar A boa notícia, A boa nova.
A Boa Notícia
E a boa notícia, a boa nova é que Jesus Cristo veio para pagar o preço pelos pecados da humanidade, para nos perdoar de todas as nossas trangressões, para nos reconciliar com Deus e para nos dar a vida eterna. Mas essa graça especial é dada somente àquele que crê. Àquele que crê na vida e na obra de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus salva, cura, liberta e transforma vidas da água para o vinho.
Até mesmo o pior transgressor da sociedade pode ser transformado por Jesus, assim como muitos já foram. Não são poucos os relatos de traficantes, assaltantes, viciados e até mesmo homicidas, que foram transformados pelo amor de Deus, e hoje retornam aos lugares do pecado de onde Deus os tirou para levar a Boa Notícia àqueles que lá se encontram sem esperança. Eles sabem que Jesus é a esperança. A Boa notícia é que há perdão, há salvação, há recomeço, há transformação, há vida verdadeira, abundante e eterna da presença de Jesus Cristo.

Mas essa graça especial é um presente que Deus dá a todo aquele que reconhece e recebe Jesus Cristo como Salvador e Senhor de sua vida. Porque nós somos salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus. E essa salvação, essa graça especial é um presente que Deus dá a quem crê em Jesus (Efésios 2.8,9).
E esse é o convite que eu te faço hoje, querido leitor do Fé Pública.
Você está cansado deste mundo, de tantas notícias ruins? Elas têm te sobrecarregado? Você está em uma situação que considera difícil de sair, com algum vício, alguma mágoa, algum ressentimento? Você tem alguma pessoa querida que precisa do toque do Espírito Santo para que possa sair daquela situação difícil?
Jesus é a boa notícia, Jesus é a resposta. Só ele tem poder para mudar vidas e transformar corações de pedra em corações de carne, trazendo a verdadeira paz que excede todo o entendimento.
Por isso, eu te convido nesse momento a orar a Deus, através do Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Jesus Cristo:
“Senhor Deus, Pai amado, muito obrigado porque até aqui o Senhor nos tem sustentado. Muito obrigado porque o Senhor nos tem conservado com vida, mesmo diante de um mundo com tanto pecado, com tanta violência. Muito obrigado por sua graça e suas misericórdias, que são a razão de estarmos vivos.
Senhor, te peço pela vida do nosso querido leitor. Visita, Pai, nesse momento a sua vida e a sua casa com a bênção e a intervenção que ele precisa. Se ele está cansado, sobrecarregado, dá a ele fé para que acesse o descanso da alma que só Jesus pode dar. Alivia o peso que está sobre os ombros dele com sua presença graciosa, ó Jesus. Livra ele dessa situação complicada que ele ou o parente dele está passando nesse momento. Eu não sei que situação é essa, mas o Senhor certamente o sabe. Vai ao encontro dessa situação e entra com Sua providência para que seja resolvida de acordo com Seus sábios propósitos.
Traz cura ao coração daqueles que estão magoados ou ressentidos por qualquer situação que lhes tenha acontecido. Se alguém está enfermo, que o Senhor o visite com sua mão direita poderosa, que curava antes, e ainda cura hoje. Se alguém está em uma situação difícil de sair, que o Senhor possa resgatá-lo, para que possa se reerguer e recomeçar a vida com o Senhor.
Finalmente, Senhor, se existe alguém que ainda não o recebeu como Salvador e Senhor de Sua vida, que o Espírito Santo possa convencê-lo do pecado, da justiça e do juízo, e levá-lo aos pés de Cristo, pela fé, para que possa receber o perdão dos pecados e a salvação para a vida eterna.
Perdoa-nos de nossos pecados. Assim oramos no nome poderoso e maravilhoso de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém”.
Muito boa essa matéria, parabéns Gustavo Gouvêa.
Observo também que boa parte desse enorme volume de más notícias nos veículos de informação, também estão ligados a uma estratégia do sistema: adoecer as pessoas.
Estudos mostram que a cada 5 minutos de exposição a notícias ruins, as pessoas tem várias horas de imunidade baixa.
Além disso, acabamos nos acostumando com tantas notícias ruins, que já nem nos importamos tanto com isso.
A culpa não é do jornalista, ou do editor. A culpa é desse sistema podre que rege os meios de comunicação e o mundo.
Se olharmos para Jesus e analisarmos toda sua trajetória nos seus aproximados 33 anos de caminhada, vemos Ele presente nos mais diversos lugares, culturas e situações, com circunstâncias positivas e negativas. Porém não o vemos enfatizar aquilo que não se deve fazer, ou focar nas coisas ruins que o cercavam, pelo contrário, na maioria das vezes o víamos pregando o evangelho, curando, expulsando demônios e apresentando a verdadeira verdade do seu propósito aqui na terra. Acredito que o foco naquilo que não se pode ou deve fazer é muito mais enfatizado do que aquilo que realmente devemos fazer como cidadãos e como testemunhas de Cristo.
Parabéns pela excelência da reflexão . Vou terminar de ler maís tarde. A introdução deste artigo lindo sofre os acontecimentos descritos por voce relação aos meios de comunicação sobre*” Noticiário Se espremer sai sangue”* Também sai de nossas bocas e externamos assim também. Obrigada por nós trazer a luz da palavra de Deus!