Mariana Gesteira se despediu com uma verdadeira “chave de ouro” do Mundial de Natação Paralímpica, em Singapura. No último sábado (27), depois de conquistar um ouro nos 100m costas e uma prata nos 100m livre, a nadadora radicada no Espírito Santo fez a melhor marca da carreira para conquistar o tricampeonato dos 50m livre S9 (classe para pessoas com comprometimento físico-motor).
Em um duelo disputado até a última braçada com a australiana Alexa Leary, que havia quebrado o recorde mundial na classificatória, com 27s36, Mariana cresceu no fim para levar a melhor na batida de mão por dois décimos de segundo, terminando a distância em 27s60. A americana Christie Raleigh-Crossley completou o pódio.
“Foi a melhor prova da vida. Campeã mundial de novo. Não sei o que falar. Foi uma surpresa muito grande. Uma raia, uma chance. A gente sabia que era bem difícil, mas é uma prova de detalhe. Eu trinquei os dentes e fui. Tentei fazer minha prova com muita segurança, muita consciência. Deu certo. Não tô acreditando ainda não”, disse a atleta.
Três vezes medalhista em Paralimpíadas, Mariana nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio.
Com os resultados do sábado, o Brasil terminou o Mundial com 39 medalhas: 13 ouros, 16 pratas e 10 bronzes. Assim, a delegação verde-amarela se manteve entre as principais do quadro de medalhas, na sexta posição.