Aproximadamente 700 policiais civis participaram, na manhã desta segunda-feira, de uma assembleia em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo. O encontro, organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), deliberou pela realização de assembleias setoriais nas delegacias de Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Colatina e na Central de Flagrantes, localizada na Reta da Penha, em Vitória. O cronograma completo dessas reuniões deverá ser apresentado até sexta-feira (14).
A categoria reivindica um reajuste salarial de 18%. Segundo o diretor do Sindipol, Humberto Mileip, o pedido ocorre após a criação do cargo de Oficial Investigador de Polícia, instituído pela Lei Orgânica das Polícias Civis.

“O novo cargo unificou funções de agentes, investigadores e escrivães, acrescentando responsabilidades mais complexas. Por isso, é necessária a adequação da remuneração, já que, no serviço público, o salário deve acompanhar a complexidade das funções exercidas”, afirmou.
Mileip explicou ainda que as tentativas de negociação com o governo ocorrem desde outubro de 2024, quando a lei foi implementada.
“Estamos pedindo esse reajuste desde o ano passado. O governo não apresenta proposta alguma, e nós nos sentimos desrespeitados e desvalorizados”, disse.
Após a assembleia, os policiais seguiram a pé até a Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), onde foram recebidos pela subsecretária de Relações Intersindicais, Bárbara Carneiro Caniçali. De acordo com Mileip, ficou definido que um retorno será dado até sexta-feira (14).
“A subsecretária informou que só haverá resposta quando o secretário de Gestão e Recursos Humanos, que está na COP30 com o governador, retornar ao Estado”, afirmou.
Além da manutenção da Assembleia Permanente, os policiais civis aprovaram a presença da categoria em todos os eventos oficiais com participação do governador Renato Casagrande, portando faixas e cartazes — uma forma de manter as manifestações públicas durante as agendas do chefe do Executivo.
Questionado sobre a possibilidade de uma operação-padrão, também conhecida como operação “cumpra-se a lei”, Mileip afirmou que a medida não está descartada.
“Se não houver nenhuma conversa por parte do governo, isso está no nosso radar”, declarou.











