O deputado federal, Felipe Rigoni (União Brasil) quer fazer um evento para lançar sua pré-candidatura a governador do Espírito Santo. Segundo ele, a expectativa é que, com o controle de casos de Covid-19 no estado, seja possível a realização do evento em segurança. Rigoni poderá tentar a reeleição de deputado, mas tem desejo de concorrer ao governo. Para isso está trabalhando na produção de um projeto que contará com a participação dos capixabas.
Segundo ele, pode fazer mais com um novo mandato na Câmara dos deputados, mas terá condições de mais realizações ainda, se ocupar a cadeira titular do Palácio José de Anchieta. “Posso mais como governador. Faço um mandato com base em evidências e, acima de tudo, focado em resultados”, destacou.
A estratégia de Rigoni, como já foi antecipada por ESHOJE, é realizar uma série de milhares de entrevistas com a população de todos os municípios. Ele chama as conversas de “escutas estruturadas” que visa ir ás ruas buscar saber da população quais os desafios do Espírito Santo e como cada região avalia os caminhos para o desenvolvimento capixaba.
“Meu partido, com a minha equipe, irá às ruas para fazer escuta estruturada, entrevistando o capixaba para saber seus sonhos para o Espírito Santo, as dores, as formas como enxergam os desafios, vamos dialogar. Através desse material queremos preparar um projeto, apontando as direções que o Espírito Santo quer ir e como enfrentar os desafios para chegar”, explicou o pré-candidato.
Quem participa da coordenação desse projeto é o ex-prefeito de Vitória e ex-diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) no Governo Renato Casagrande (PSB), Luiz Paulo Vellozo Lucas. No início dos anos 2000 um projeto pensando o futuro do estado foi apresentado. O que Felipe Rigoni quer é justamente uma revisão neste planejamento, visto que a sociedade avançou em todas as áreas e os problemas de vinte anos atrás não são os mesmos de hoje e nem das próximas décadas.
“Sou um pré-candidato que vai dialogar e através disse construir um projeto apontando direção que o Espírito santo quer ir. Nos anos 2000 foi feito um projeto assim, e queremos fazer agora é de maneira estruturada. Em todos os lugares a população quer segurança, mas em cada cidade a segurança tem uma demanda diferente e é vista de forma diferente. A digitalização do governo, por exemplo, é um desafio e como será que a população pensa em colocar isso em prática? É o que vamos buscar nesta pesquisa estruturada. Não sou candidato de mim mesmo e nem sem um projeto muito claro”, destacou.
Além dos desafios, outra questão que Rigoni destaca é o ciclo político dos próximos 20 anos. Ele avalia que o período Paulo Hartung-Renato Casagrande está perto de acabar. E que projetos políticos novos devem ser apresentados à população capixaba.
“Como deputado cumpri um papel muito bem feito, mas acho que posso fazer mais como governador. Um líder tem grande equipe, com pessoas certas nos lugares certos e é o que eu quero fazer: uma equipe cercada de pessoas que confio e que são muito competentes. Por isso pretendo montas uma com muito cuidado. Tem que dar resultado!”.
O deputado federal foi eleito em 2018 pelo PSB, mesmo partido do governador Casagrande. Contudo, após ter votado a favor da reforma da Previdência contrariando o encaminhamento da sigla, foi suspenso. Por isso, após processo na Justiça foi autorizado a deixar o PSB sem perder o mandato e recentemente se filiou ao União Brasil.
Segundo ele, os problemas ideológicos que teve na sigla socialista não terá na União.
“A União Brasil são dois partidos (DEM e PSL) que abdicaram de seus projetos por uma muito maior, que é o Brasil. Não terei problema ideológico nele como tive no PSB”, explicou. Ele finaliza resumindo p partido como de centro, com orientação liberal na política e na economia.
O deputado federal capixaba é de Linhares e está no primeiro mandato eletivo. Ele tem como marcas de sua estreia no parlamento projetos como Nova lei do ASprendiz, Código de Defesa do Pagador de Impostos, Lei Digital, também foi relator da proposta que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “Meu mandato é trabalhar para facilitar a vida das pessoas, destravando o Brasil”, concluiu.
